O apartamento de dois quartos (69 m²), registrado em nome de Jair, foi comprado no fim dos anos 90, quando ele já recebia o benefício público, mas ficou pronto no início de 2000. Jair Bolsonaro recebe da Câmara o auxílio-moradia desde outubro de 1995, ininterruptamente. Eduardo, desde fevereiro de 2015, quando tomou posse em seu primeiro mandato como deputado.
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Conforme mostrou reportagem da Folha nesse domingo (7), além do apartamento em Brasília, os quatro políticos da família Bolsonaro acumulam 12 imóveis no Rio. Jair Bolsonaro também é pai do vereador carioca Carlos Bolsonaro e do deputado estadual Flávio Bolsonaro.
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O auxílio-moradia é pago a deputados que não ocupam apartamentos funcionais no DF. A Câmara paga R$ 4.253 por mês a cada parlamentar por meio de reembolso, para quem apresenta recibo de aluguel ou de gasto com hotel em Brasília. Também repassa o valor em espécie, sem necessidade de apresentação de qualquer recibo, mas nesse caso com desconto de 27,5% relativo a Imposto de Renda. Jair e Eduardo Bolsonaro utilizam essa segunda modalidade, o que rende R$3.083 para cada um.
Atualmente 27 dos 513 deputados abrem mão de receber o dinheiro ou apartamento da Câmara –entre eles os oito deputados do Distrito Federal.
Segundo a Folha, o apartamento localizado no Sudoeste, região nobre de Brasília, foi um dos primeiros da vida Bolsonaro. Segundo a escritura, o imóvel passou a pertencer oficialmente ao político em maio de 20f00. Em julho de 1998, no entanto, ele já colocava o apartamento em sua declaração de bens à Justiça eleitoral.
Em entrevista à Revista Congresso em Foco, em outubro do ano passado, Eduardo Bolsonaro confirmou que mora no apartamento.
Conforme documento registrado em cartório, Bolsonaro pagou R$ 75 mil em espécie pelo imóvel. De outubro de 1995, quando começou a receber o auxílio-moradia, até julho de 1998, quando declarou já ser seu o novo apartamento em Brasília, recebeu a exata quantia de R$ 71,6 mil, também recebidos em espécie.
Jair e Eduardo Bolsonaro não responderam os contatos da Folha.
Levantamento divulgado ontem pela Folha mostrou que os quatro integrantes da família Bolsonaro que estão na política têm 13 imóveis em áreas valorizadas do Rio de Janeiro, alguns deles comprados a preços bem mais baixos que os estimados pela prefeitura da capital fluminense à época. Um deles, na Barra da Tijuca, de frente para o mar, teve venda registrada com prejuízo de R$ 180 mil para a antiga dona.
Flávio, filho mais velho de Bolsonaro, realizou transações relâmpago de 19 imóveis em 13 anos. Desde 2002, quando entrou para a política, o filho mais velho de Bolsonaro declarou ser dono apenas de um veículo 1.0. O hoje deputado estadual acumulou, desde então, dois apartamentos e uma sala que valem pelo menos R$ 4 milhões, de acordo com a prefeitura do Rio.
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