O presidente Jair Bolsonaro evitou falar sobre a briga pela liderança do PSL na Câmara, que foi deflagrada na noite dessa quarta-feira (16) após alguns deputados bivaristas acusarem o presidente de ter articulado a derrubada do Delegado Waldir (PSL-GO) para colocar Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) no posto. Ao ser questionado sobre o assunto na manhã desta quinta-feira (17), Bolsonaro disse apenas que houve “desonestidade” na divulgação dessa conversa.
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“Eu falei com alguns parlamentares. Me gravaram? Deram uma de jornalista? Eu converso com deputados. Eu não trato publicamente desse assunto. Converso individualmente. Se alguém grampeou o telefone, primeiro, é uma desonestidade”, declarou Jair Bolsonaro na saída do Palácio da Alvorada nesta manhã. Ele não respondeu se vai pedir uma investigação sobre a gravação da fala que é atribuída a ele e tem circulado na internet.
No áudio atribuído ao presidente, Bolsonaro admite que estava ligando para os deputados do PSL para tentar completar o número de assinaturas necessárias para destituir o Delegado Waldir, que é aliado do presidente do PSL, Luciano Bivar, da liderança na Câmara. Ele ainda lembra que o líder tem “o poder de indicar pessoas, arranjar cargos no partido e promessas para o fundo eleitoral”.
Logo depois das conversas sobre esse áudio, a ala do PSL que é alinhada a Bolsonaro apresentou uma lista com 27 assinaturas destituindo Waldir e colocando Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) na liderança do PSL na Câmara. O Delegado Waldir, por sua vez, apresentou outra lista com mais assinaturas para permanecer no cargo. A deputada Carla Zambelli (PSL-SP) ainda protocolou uma terceira lista a favor de Eduardo Bolsonaro para tentar ter a palavra final sobre o assunto. Agora, portanto, a decisão sobre a liderança do PSL está nas mãos da Mesa da Câmara.
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