O presidente Jair Bolsonaro não vai reassumir a presidência da República nesta sexta-feira (13), como estava previsto. Segundo o Planalto, o período de Hamilton Mourão como presidente em exercício, que se encerraria nesta quinta-feira (12), será prolongado por mais quatro dias. Por isso, Bolsonaro, que segue internado em São Paulo, só retomará o comando do Executivo na próxima semana.
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A possibilidade de estender a presença de Mourão na presidência havia sido negada tanto pelo presidente quanto pelo vice-presidente. A ideia também foi rejeitada pelo porta-voz da Presidência, Otávio Rêgo Barros, que comentou o estado de saúde de Bolsonaro na manhã desta quinta. Porém, no início da noite, acabou sendo confirmada. Procurado, o Planalto explicou que a decisão foi tomada para oferecer mais qualidade na recuperação médica de Jair Bolsonaro, por recomendação médica.
Pouco depois do anúncio, o presidente fez uma live de apenas três minutos no Facebook. Ele disse que não queria abandonar a rotina da conversa com os internautas, mas não pôde ficar mais tempo por determinação médica e não comentou sobre o tempo em que ainda deve ficar internado. Inicialmente, a previsão era que Bolsonaro reassumisse a presidência ainda no hospital já nesta sexta-feira e retornasse a Brasília no domingo.
Nessa quarta-feira (11), contudo, os médicos decidiram suspender a alimentação oral, colocando uma sonda nasográstica no presidente. A medida foi tomada depois que foram constatados gases no intestino de Bolsonaro, o que é normal após uma cirurgia de retirada de hérnia, como a qual ele foi submetido, segundo os médicos.
Boletim médico divulgado nesta quinta informa que Bolsonaro apresentou “evolução clínica favorável” e tem “recuperação progressiva dos movimentos intestinais”. A ideia dos médicos é que, quando recuperar os movimentos intestinais, o presidente retome uma dieta líquida por um ou dois dias e depois passe para a alimentação cremosa. Só neste estágio ele poderá retomar suas atividades e viajar.
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