Em artigo publicado no Facebook nessa segunda-feira, o presidente do PRB disse que o partido está disposto a fazer “sacrifício em favor da união nacional” para as “reformas necessárias”. “Nossa esperança é a de que o novo governo não cometa os mesmos erros deste que está prestes a se encerrar. Temos conosco a expectativa de, juntos, deixarmos um legado para o futuro. O Brasil pode contar com o PRB”, escreveu o provável novo ministro.
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O Ministério de Ciência e Tecnologia, comandado até semana passada pelo deputado peemedebista Celso Pansera, foi oferecido ao PRB a cúpula partidária e Temer não chegaraem a um acordo nas negociações em torno do Ministério da Agricultura e da Secretaria Especial de Portos.
O PRB rompeu com o governo Dilma após ter ocupado as pastas da Pesca, com Marcelo Crivella (RJ), também bispo da Universal, e do Esporte, com o deputado e bispo George Hilton (MG). O parlamentar mineiro trocou o PRB pelo Pros. A bancada do PRB foi a que mais cresceu no início desta legislatura. Atualmente a legenda ocupa 22 cadeiras na Câmara e uma no Senado, com Crivella.
Na mensagem publicada no Facebook, Marcos Pereira diz que o PRB deixou o governo Dilma Rousseff e o Ministério do Esporte em pleno ano de realização das Olimpíadas por “entender que houve crime de responsabilidade e pela dificuldade de diálogo que a presidente e seus auxiliares mais próximos sempre impuseram aos aliados”.
Nos meios políticos de Brasília, já se dá como certa a indicação dos seguintes ministros por Michel Temer:
Henrique Meirelles – Fazenda
José Serra – Relações Exteriores
Eliseu Padilha – Casa Civil
Geddel Vieira Lima – Articulação Política
Romero Jucá – Planejamento
Veja a nota publicada por Marcos Pereira ontem no Facebook:
“Olá, republicanos de todo o Brasil!
O PRB saiu da base de apoio do governo Dilma Rousseff (PT) e deixou o Ministério do Esporte em pleno ano de realização das Olimpíadas por entender que houve crime de responsabilidade e pela dificuldade de diálogo que a presidente e seus auxiliares mais próximos sempre impuseram aos aliados.
Participar de um governo vai muito além de ocupar cargos e funções e estar obrigado a votar temas controversos no Congresso Nacional. Essa postura arrogante e hostil implodiu a relação de Dilma com o parlamento, levando o Brasil a uma crise econômica e política bastante grave.
Tentamos por diversas vezes sentar à mesa com Dilma para discutir o Brasil, mas não fomos ouvidos, assim como outros aliados. Isso é público. Agora, num eventual novo governo, o PRB deixa claro mais uma vez que espera contribuir efetivamente para tirar o País da situação caótica em que se encontra.
Estamos dispostos a oferecer nossa cota de sacrifício em favor da união nacional e para fazer as reformas necessárias. Vale ressaltar que o PRB foi o primeiro partido a deixar a base do atual governo e votou de forma unânime a favor do impeachment. Além da contribuição individual de cada parlamentar, o partido é uma força uníssona na Câmara.
Nossa esperança é a de que o novo governo não cometa os mesmos erros deste que está prestes a se encerrar. Temos conosco a expectativa de, juntos, deixarmos um legado para o futuro. O Brasil pode contar com o PRB.
Boa semana a todos.
Marcos Pereira – presidente nacional do PRB”