Convidados pela TV Globo, os senadores Eduardo Suplicy (PT-SP) e Álvaro Dias (PSDB-PR) e os deputados José Eduardo Cardozo (PT-SP) e Mendes Thame (PSDB-SP) fizeram os primeiros comentários sobre o debate entre os candidatos à Presidência realizado na noite de ontem (27) pela emissora. As impressões foram postadas no blog criado no portal G1.
Satisfeito com o desempenho do candidato tucano, o senador Álvaro Dias considerou que "Geraldo Alckmin demonstra uma postura que respeita a grandeza da função que pretende exercer. Foi duro e contundente quando precisava ser". Para o senador, Alckmin se mostrou mais preparado que o presidente. "Demonstrou autoridade e aptidão para a função. Embora não esteja exercendo a presidência da República, demonstra até mais familiaridade com assuntos da gestão publica. O que é até uma diferença de preparação", analisou.
O senador Eduardo Suplicy foi mais diplomático, embora acredite que será difícil para Alckmin reverter a vantagem de Lula. "Para mim, o grande vencedor foi o povo brasileiro. É preciso recordar que há 20, 30 anos, não tínhamos eleições diretas, nem a oportunidade de acompanhar quatro debates, como neste segundo turno", avaliou. "Este debate foi o mais equilibrado de todos os quatro. Acho que o presidente Lula se saiu bem. Não será fácil para Geraldo Alckmin reverter a vantagem do presidente Lula. Mesmo porque não houve um fato de extrema importância para significar uma mudança nesta situação", destacou Suplicy.
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Para o deputado federal José Eduardo Cardozo (PT) o debate não acrescentou fatos novos com relação aos outros três enfrentamentos entre os presidenciáveis. "Ambos tentaram falar sobre os pontos fracos de seu adversário", disse. Por isso, na opinião de Cardozo, o debate não será capaz de mudar a opinião dos eleitores com relação aos candidatos.
O formato do programa, no qual os candidatos responderam às perguntas da platéia foi elogiado pelo deputado Mendes Thame (PSDB). "De todos os debates, esse formato foi surpreendentemente eficiente. Foi muito dinâmico, além de obrigar os candidatos a responder sem saber o que o outro diria, sem ter o que consultar".