Na edição on line do Congresso em Foco dessa sexta-feira foi publicado que o presidenciável tucano, Geraldo Alckmin, disse que está "absolutamente tranqüilo" em relação aos dados das pesquisas de intenção de voto divulgadas essa semana que registraram queda do candidato do PSDB. Segundo os resultados da pesquisa Ibope de quinta-feira, ele perdeu quatro pontos percentuais, com 21%, contra 46% do presidente Lula, que subiu dois pontos.
"Essa oscilação é normal. A campanha vai começar para valer a partir da próxima semana. Nós temos aí uma avenida para crescer e estou absolutamente tranqüilo", disse Alckmin, que desvinculou a crise da Segurança Pública de São Paulo ao recuo dele na pesquisa.
O tucano repetiu o discurso em relação ao crescimento da candidata Heloísa Helena, do Psol, que segundo o Ibope, alcançou 12% das intenções de voto.
"Acho bom que ela cresça. É uma oscilação normal", disse o candidato, que reafirmou que fará um programa propositivo, sem bater nos adversários.
O candidato tirou sarro do erro cometido pelo presidente Lula, durante entrevista nesta quinta-feira ao Jornal Nacional. Segundo Alckmin, Lula falou sobre "combate à ética", quando deveria ter falado sobre "combate à corrupção". "Acho que ele falou o que é verdade mesmo. Ele (Lula) combateu a ética", afirmou.
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21:27 – Cristovam quer aumento para professores com lucro de estatais
O candidato do PDT à presidência, Cristovam Buarque, defendeu hoje novamente o aumento de salários dos professores e propôs que o lucro das empresas estatais seja usado para bancar o reajuste.
O candidato participou de uma carreata em Jequié, segunda maior cidade do sudoeste baiano, e voltou a pregar a educação como principal bandeira de sua plataforma eleitoral.
Na última quarta-feira, em entrevista ao Jornal Nacional, Cristovam disse que a população ainda não leva a sério o debate sobre a educação nas eleições e justificou: "Se não eu não teria apenas 1% nas pesquisas". Em seguida, cobrou que o governo valorize os educadores. "Professor tem que virar gente nesse país."
Cristovam fez campanha em Salvador durante a manhã e lá não sentiu a mesma animação que receberia à tarde dos eleitores de Jequié. Sem o apoio do prefeito e correligionário João Henrique na capital, que vota em Lula, o candidato passou todo o ato praticamente solitário.
21:03 – Bivar: imposto único é a solução contra o fiscalismo
O candidato do PSL à presidência da República, Luciano Bivar, defendeu na sexta-feira novamente a adoção de um imposto único no Brasil, com alíquota de 3,4% e incidente sobre operações bancárias.
"A república fiscalista acaba com o setor produtivo desse país", afirmou em entrevista ao Jornal Nacional. Segundo Bivar, o novo imposto seria um incentivo para reduzir a informalidade no país.
Questionado sobre qual motivo o levou a entrar na disputa ao Planalto mesmo sem pontuar nas pesquisas, o candidato disse que não está preocupado em fazer auto-propaganda e enfatizou que está na corrida para divulgar a proposta de seu partido.
O candidato defendeu ainda a instalação de mini-quartéis nas favelas brasileiras. Segundo ele, a população desses locais vive sem a proteção do estado e refém do tráfico de drogas. "Quando você elimina parte da criminalidade que está lá, colocando o dedo do estado, você modifica totalmente o quadro da criminalidade nesse país."
20:43 – TSE divulga ordem dos partidos para o horário político
O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) divulgou nesta sexta-feira o plano de mídia dos partidos e coligações para o horário eleitoral gratuito, que começa no próximo dia 15. Os programas terão 25 minutos de duração e serão veiculados às terças, quintas e sábados. No rádio a propaganda começa às 7h e ao meio-dia. Na televisão, a partir das 13h e das 20h.
A coligação "Frente de Esquerda" (Psol e PSTU), da candidata Heloísa Helena, é o primeiro na ordem de apresentação dos partidos e terá 1 minuto e 11 segundos de tempo no rádio e na televisão. O PSDC, do presidenciável José Maria Eymael, é o segundo na lista e dispõe de 1 minuto e 15 segundos.
Aliança com mais tempo de propaganda, a coligação "Por um Brasil Decente" (PSDB e PFL), do tucano Geraldo Alckmin, terá 10 minutos e 22 segundos no rádio e na tevê. O PCO, de Rui Costa Pimenta, é o quarto da lista e terá o mesmo tempo do Psol: 1 minuto e 11 segundos.
O PDT de Cristovam Buarque, embora não tenha coligação, conseguiu 2 minutos e 23 segundos de propaganda gratuita – mais tempo do que as legendas que concorrem sozinhas à presidência da República – e é o quinto na escala de apresentação. O PSL, com 1 minuto e 15 segundos, é o sexto.
O último na grade dos programas é a coligação "Força do Povo" (PT, PRB e PCdoB), do presidente Lula, com 7 minutos e 23 segundos – quase três minutos a que Alckmin, seu principal adversário na disputa ao Planalto. A distribuição do tempo de propaganda entre os partidos leva em conta o número de parlamentares eleitos pelas legendas em 2002.
20:13 – Número de jovens nessa eleição é o maior da história
Mais de três milhões de jovens de 16 e 17 anos vão votar pela primeira vez nas eleições desse ano. O número, de acordo com o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), é recorde e supera em quase um milhão o número de eleitores nessa faixa etária que votaram em 2002.
O total de eleitores subiu 10%, passando de 115 milhões em 2002 para quase 126 milhões este ano. Já o número de eleitores com menos de 18 anos pulou de 2,2 milhões para 3,2 milhões: um aumento de 45%.
Em termos regionais, o nordeste aparece sempre acima da região Sudeste e da média nacional em termos de participação de eleitores menores de idade. A média percentual dos aptos a votar em relação ao universo de jovens na região, em todas as eleições, a partir de 1992, é de 46%. Já no Sudeste, o índice é de 32%, enquanto que no país, a média é de 40%.
O voto aos 16 anos não é obrigatório e foi permitido a partir da Constituição de 1988. A quantidade de jovens que tiram o título tem variado de um ano para outro. Em 1994, por exemplo, 31% dos jovens menores de idade tiraram o título de eleitor. Nas eleições de 1998 o número caiu para 26% e voltou a subir em 2002, quando novamente atingiu 31%, até chegar aos atuais 43%.
19:56 – Mercadante recorre contra multa no TRE-SP
O PT e o candidato do partido ao governo de São Paulo, Aloízio Mercadante, entraram hoje com recurso no Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo contra uma multa de R$ 21,2 mil aplicada a cada um pela Justiça Eleitoral por uso de propaganda antecipada. Anúncios para a campanha de Mercadante ao governo foram veiculadas no rádio e na TV durante o primeiro semestre deste ano, antes do período eleitoral.
O pedetista Carlos Apolinário, outro candidato ao governo de São Paulo, também foi multado pela Justiça Eleitoral em R$ 21.2 mil pelo mesmo motivo. Um anúncio de rádio em seu favor foi veiculado no dia 8 de maio.
O PP também foi punido pelo tribunal pela mesma infração e teve o tempo de propaganda reduzido em dois minutos. A punição, porém, só valerá a partir de 2007.
12:24 – Oposição ironiza entrevista de Lula
O comentário do presidente Lula que, em entrevista ao Jornal Nacional, disse que puniu seus auxiliares envolvidos em atos ilícitos foi ironizado por parlamentares da oposição hoje (11). O líder da minoria na Câmara, deputado José Carlos Aleluia (PFL-BA), falou que Lula é um "cínico".
"Se pusesse para fora do governo os corruptos, poucos quadros nomeados por Lula seriam preservados. Não é retórica a afirmação de que esse é o governo mais corrupto jamais visto no Brasil", disse.
O pefelista afirmou que o ex-ministro José Dirceu se afastou do governo somente depois de ter sido instigado pelo então deputado Roberto Jefferson (PTB-RJ). E Waldomiro Diniz, segundo Aleluia, só saiu do Palácio do Planalto porque pediu demissão. "Quanto a Palocci, a saída do ministro da Fazenda foi um parto tão complicado que passou até por quebra de sigilo bancário de um humilde caseiro", declarou.
Já o senador Álvaro Dias (PSDB-PR) preferiu dizer que Lula não só não puniu seus auxiliares como também fez elogios públicos à Palocci e Dirceu quando eles deixaram o governo. "Não foi o presidente quem botou essas pessoas para fora, eles renunciaram aos cargos por causa das denúncias. O presidente continuou os defendendo e aplaudindo, não os repreendeu em momento algum".
09:56 – Vox Populi: Lula vence no 1º turno
O instituto de pesquisa Vox Populi divulga hoje, na edição da revista Carta Capital deste fim de semana, pesquisa mostrando o presidente Lula com 45% das intenções de votos. Logo em seguida aparecem Geraldo Alckmin (PSDB/PFL), com 24%, e Heloisa Helena (PSOL), com 11%.
Na avaliação do sociólogo e diretor do instituto, Marcos Coimbra, com o fim do primeiro mês de campanha, Lula volta a ter uma vantagem sobre Alckmin de mais de 20 pontos porcentuais. "Como os demais candidatos recebem apenas 2% das intenções de voto, Lula sozinho tem 8 pontos a mais que a soma de todos e voltamos a um quadro de vitória em primeiro turno." A pesquisa foi realizada em mais de cem municípios do país.
Coimbra também explicou que, comparando a nova pesquisa com as realizados em maio, junho e julho, é possível estabelecer um padrão nítido. "Entre Lula e Alckmin, o retorno vai quase ao ponto inicial da série: a distância era de 26 pontos e agora é de 21. Heloísa Helena sobe sempre (quase dobrando suas intenções de voto), mas pouco, em termos absolutos. Alckmin tinha 23% (em julho) e nesta pesquisa marca 24%, ou seja, não muda. Lula vai de 49% para 45%. Os outros candidatos recebem só 2% das intenções de voto. Lula, sozinho, tem 8 pontos a mais que a soma de todos os outros. Faltam 50 dias para o Brasil escolher o novo presidente – ou para reeleger Lula".
Segundo Coimbra, a grande novidade da pesquisa é o crescimento de Heloísa Helena, que passou de 7% em julho para 11%. "Quando aumenta sua exposição na mídia, Geraldo Alckmin cresce e 68% do eleitorado de Lula não pretende mudar de idéia. É o voto mais consolidado dos três (56% para Alckmin, 50% para Heloísa Helena)".
08:49 – TSE define critérios para participação em debates
O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) definiu como data limite para conferência de bancada dos partidos o dia da realização da convenção na qual os candidatos foram escolhidos. Esta data limite foi reivindicada pela Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão (Abert) como critério definitivo para assegurar a participação nos debates de candidatos nas emissoras.
O pedido da Abert foi baseado na resolução do TSE que assegurava a participação nos debates de candidatos de todos os partidos com representação na Câmara, não sendo necessário que esta representação tenha ocorrido desde o início da atual legislatura, em 2003.
De acordo com o TSE, a Abert alegou que as emissoras precisam organizar os debates com antecedência e corriam o risco de que, na véspera dos debates, um candidato que ingressasse em um partido até então sem representação exigisse participar.