Após início de greve, servidores do Banco Central (BC) serão recebidos na terça-feira (5) pelo secretário de Gestão de Pessoas pelo Ministério da Economia, Leonardo Sultani. Trata-se do primeiro encontro com um representante do governo federal desde as primeiras movimentações por aumento salarial e reformas de carreiras, iniciadas em fevereiro deste ano.
“Queremos a apresentação de uma proposta oficial por parte do governo. Se não houver proposta oficial, a nossa resposta deve ser a manutenção e a intensificação da greve”, diz Fábio Faiad, presidente do Sindicato dos Servidores do BC (Sinal).
As negociações entre os servidores do BC e o governo se estendem desde o início do ano, sem que haja avanço. Houve uma série de paralisações e movimentos pontuais antes do anúncio da greve, aprovada em assembleia na segunda (28 de março) e iniciada na sexta (1º de abril).
A paralisação em curso já conta com 60% de adesão dos servidores e respeita a lei de serviços essenciais. O funcionamento de transações via Pix e da impressão de cédulas e moedas, entretanto, pode ser afetado, já que não fazem parte da regra. Também serão impactados a divulgação do boletim Focus e de diversas taxas, o monitoramento e a manutenção do Sistema de Pagamentos Brasileiro (SPB) e da mesa de operações do Demab, além do atendimento ao público.
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Além dos servidores, cerca de 725 comissionados já entregaram suas comissões até esta manhã (4), contribuindo para a paralisação das atividades do BC. A entrega dos cargos, contudo, ainda não foram publicadas no Diário Oficial. Faiad aponta manobra da diretoria do BC para “segurar” a publicação das portarias de descomissionamento. Ele afirma que a publicação dessas portarias serão cobradas durante a reunião com a pasta.