Rudolfo Lago e Renata Camargo
Daqui até fevereiro, ainda haverá muita briga entre o PT e o PMDB pelo comando da Câmara no ano que vem. Quem admite é o próprio líder do governo na Câmara, Cândido Vaccarezza (PT), um dos aspirantes ao posto de comando, em entrevista exclusiva à TV Congresso em Foco. Segundo Vaccarezza, muito ainda terá de ser conversado daqui até fevereiro, quando a Câmara escolherá seu novo presidente, terminado o mandato de Michel Temer (PMDB-SP), eleito vice-presidente da República.
Embora tenha eleito a maior bancada na Câmara (88 deputados), o PT não conseguiu ainda fazer os acertos para ficar com o cargo. Ainda que tanto a Câmara como o Senado busquem fazer uma divisão proporcional dos cargos da Mesa Diretora, esses cargos são preenchidos em eleições feitas um dia antes do primeiro dia de sessão legislativa. E já houve vezes em que a disputa, ou algum outro acerto, fez com que a presidência ficasse com alguém que não pertencia à maior bancada.
Agora, o comando da Câmara entrou no jogo da disputa de poder entre o PMDB e o PT pela hegemonia política no país. O líder do PMDB na Câmara, Henrique Eduardo Alves (RN) ambiciona também a presidência da Câmara e pode empanar a pretensão do PT, que tem Cândido Vaccarezza como seu principal candidato (também sonham com o cargo os deputados petistas Arlindo Chinaglia (SP), João Paulo Cunha (SP) e Marco Maia, do Rio Grande do Sul).
De saída, o PMDB tentou formar um bloco com outros partidos para ultrapassar o PT e também reivindicar o posto pelo critério da proporcionalidade. O governo trabalhou para evitar a formalização do chamado “blocão”, mas isso não significa, Vaccarezza deixa claro, que os problemas com o PMDB estão resolvidos.
A entrevista de Vaccarezza foi dada durante a cerimônia de entrega do Prêmio Congresso em Foco. O líder do governo foi um dos parlamentares distinguidos, na escolha dos jornalistas que cobrem o Congresso Nacional e dos leitores que votaram pela internet. Na primeira parte da entrevista, Vaccarezza falou sobre o prêmio, que para ele é “um estímulo à boa política”.
Veja o trecho da entrevista em que Vaccarezza fala sobre o Prêmio Congresso em Foco:
Em seguida, em resposta à pergunta da repórter Renata Camargo, Vaccarezza fala sobre a disputa pela Câmara. Ele garante que a ameaça do blocão foi debelada. “O blocão é página virada”, afirmou. Mas completa que está longe de estar resolvido o problema de quem presidirá a Câmara. “Isso é outra coisa. Eleição é em fevereiro. Haverá muita conversa até lá”, afirma.
Veja a segunda parte da entrevista de Vaccarezza à TV Congresso em Foco:
Leia ainda:
Galeria de fotos do Prêmio Congresso em Foco
Prêmio celebra os melhores do Congresso
Tudo sobre o Prêmio Congresso em Foco
Deixe um comentário