O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) afirmou que conversou com o presidente norte-americano, Donald Trump, nesta tarde (20) e que os Estados Unidos não devem taxar o aço brasileiro, como foi dito por Trump em um tweet no começo do mês.
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“Foi uma conversa de dez minutos que demonstra o mutuo respeito entre o Brasil e os Estados Unidos. O assunto tratado ali mais importante foi o anúncio do presidente Donald Trump que não taxará o nosso aço, tampouco o alumínio”, explicou, ao lado do ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo.
Pelo Twitter, Trump confirmou o contato, mas não mencionou acordo sobre aço ou alumínio. Ele disse que conversou com o militar brasileiro sobre diversos assuntos, incluindo comércio, e que a relação entre Brasil e EUA “nunca foi tão forte”.
Just had a great call with the President of Brazil, @JairBolsonaro. We discussed many subjects including Trade. The relationship between the United States and Brazil has never been Stronger!
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Publicidade— Donald J. Trump (@realDonaldTrump) December 20, 2019
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A mensagem amistosa publicada hoje difere da publicação no começo do mês, em que Trump acusou os governos brasileiros e argentinos de desvalorizar as suas respectivas moedas para aumentar a competitividade em produtos agrícolas. “Portanto, com efeito imediato, restaurarei as Tarifas de todo Aço e Alumínio enviado para os EUA a partir desses países”, completou na postagem.
Brazil and Argentina have been presiding over a massive devaluation of their currencies. which is not good for our farmers. Therefore, effective immediately, I will restore the Tariffs on all Steel & Aluminum that is shipped into the U.S. from those countries. The Federal….
— Donald J. Trump (@realDonaldTrump) December 2, 2019
De acordo com o presidente Bolsonaro, ele apresentou argumentos econômicos a Trump e o norte-americano teria aceitado as ponderações. “A nossa amizade continua cada vez mais forte. Foi uma conversa de dois estadistas que chegaram a um ponto – que eu acreditava que chegaria –, porque não só o Ernesto [Araújo], quanto o Paulo Guedes, já trabalhavam nesse sentido com o primeiro escalão norte-americano”, disse.
Bolsonaro afirmou que a possibilidade de sobretaxa não “estremeceu” a relação entre Brasil e Estados Unidos, mas a mudança na política econômica “poderia dar uma sinalização” negativa, politicamente. “Nunca esteve, muito pelo contrário. Tanto é que você não viu nenhuma manifestação minha quando ele anunciou a sobretaxa, e nós tratamos de forma diplomática e com muito respeito”, comentou.
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