Líderes no Congresso reprovam a atuação do governo Bolsonaro em 12 das 15 áreas temáticas avaliadas a pedido do Painel do Poder, ferramenta do Congresso em Foco que indica tendências políticas e o humor de deputados e senadores influentes sobre diversos assuntos das pautas política e econômica. Este é o número dos segmentos que receberam média inferior a 50 pontos, em uma escala de 0 a 100.
Os parlamentares ouvidos na pesquisa aprovam a gestão do Executivo em apenas três áreas: agricultura e pecuária (com 65,3), infraestrutura (60,9) e defesa nacional (53,4), as únicas que superaram a marca dos 50 pontos. Na outra ponta, as áreas com pior avaliação foram o meio ambiente (34) e a educação (29,9).
Produzido com metodologia científica, o Painel do Poder tem grande potencial estratégico para quem deseja desenhar cenários políticos e econômicos de curto, médio e longo prazo.
Para ter acesso à íntegra do relatório, faça contato pelo email comercial@congressoemfoco.com.br.
Nesta edição foram ouvidos 71 líderes de bancada, presidentes de comissões, integrantes de mesas diretoras e parlamentares formadores de opinião entre os dias 13 e 18 de julho a respeito de temas legislativos, perspectiva política e análise da atuação do governo e de autoridades. A pesquisa leva em conta a proporção entre integrantes da base governista e da oposição e parlamentares que se autodeclaram independentes, além da distribuição regional entre eles.
Em evidência por causa da pandemia de covid-19 e da falta de um ministro titular há dois meses, a área da saúde recebeu dos líderes nota média de 41,1, ficando apenas na oitava colocação entre os 15 itens avaliados.
Na comparação com a rodada anterior do painel, realizada em março, dias antes de a pandemia chegar ao Brasil, a saúde foi o segmento que registrou maior queda na aprovação (-9,7). Em março, o Ministério da Saúde era comandado por Luiz Henrique Mandetta. O combate à corrupção (-6,8), o relacionamento com o Judiciário (-3,2) e o meio ambiente (-2,4) completam a lista das áreas que tiveram piora mais acentuada na avaliação. Por outro lado, a relação com o Congresso, depois da aliança do governo com o Centrão, melhorou, conforme mostra o gráfico abaixo.
Os líderes avaliam que o combate à corrupção piorou desde março, atingindo agora a pior média desde o início do governo Bolsonaro. De lá para cá o presidente Bolsonaro enfrentou turbulências com a saída de Sergio Moro do Ministério da Justiça e de Maurício Valeixo da direção-geral da Polícia Federal em abril. Moro acusou Bolsonaro de intervir na PF para tentar blindar seu filho Flávio de investigações no Rio de Janeiro.
O Painel do Poder também aponta estabilidade na avaliação do presidente Jair Bolsonaro na comparação com a pesquisa feita na véspera da pandemia. Numa escala de um a cinco, a nota atribuída por líderes ao presidente oscilou 0,2 para cima, ficando em 2,6. É a melhor avaliação nas cinco ondas de pesquisa realizadas desde o início do mandato de Bolsonaro.
A nova edição do Painel do Poder traz um aprimoramento da metodologia para cálculo do Índice de Avaliação de Governo (IAG), que mede o conceito do governo federal entre os líderes. Ele foi refeito pela empresa de pesquisas Demodata, parceira do Congresso em Foco no projeto, com o objetivo de tornar o indicador mais claro e efetivo. Para calcular o IAG, são consideradas as expectativas reveladas pelas lideranças em relação às diversas áreas de atuação governamental examinadas e a avaliação do desempenho do presidente da República e dos ministros responsáveis por cada uma dessas áreas.
O índice passou a ser aferido em uma escala de 0 a 100. No início de março, ficou em 44,2 o índice dos que acreditavam que Bolsonaro concluirá o mandato, a pontuação mais favorável obtida por ele desde março de 2019, quando foi realizada a primeira onda do Painel no atual governo. Desta vez, o índice teve ligeira oscilação para baixo, ficou em 43,39.
Evolução do Índice de Avaliação do Governo (IAG)
(Escala de 0 a 100)
O Painel do Poder é uma ferramenta exclusiva e pioneira no Brasil para estudos legislativos, que usa a técnica de pesquisa por painel. Contempla investigações tanto quantitativas como qualitativas, tomando por base uma amostra de líderes.
A pesquisa antecipou em março de 2019, com grande antecedência, o que terminou ocorrendo com a reforma da Previdência: grandes chances de aprovação, ressalvados os pontos que afinal foram retirados do texto enviado pelo Palácio do Planalto. Também indicou que não havia clima para a aprovação de Eduardo Bolsonaro para o posto de embaixador do Brasil nos Estados Unidos (ele desistiu da disputa por falta de apoio) e a exclusão de pontos do chamado pacote anticrime.
Você também pode contratar para a sua organização uma pesquisa exclusiva ou uma apresentação dos principais achados do Painel do Poder, num encontro com os profissionais que fizeram do Congresso em Foco o mais influente veículo jornalístico nacional especializado em política.
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