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Pouco mais de um mês depois, outras reivindicações dos militantes – essas ligadas à retomada da economia, dos empregos, investimentos em saúde, educação, segurança, saneamento e à falta de salários para diversos profissionais dos serviços públicos estaduais – continuam sem solução. De tudo que nos falta, porém, nada é comparável a dois ingredientes, ambos fundamentais para lubrificar a engrenagem política e social de uma democracia. Mais do que qualquer outra coisa, temos atualmente um deficit gigantesco de esperança e tolerância.
A Revista Congresso em Foco mostra que, para ter fé na democracia é preciso crer no potencial humano para construir e reconstruir, para aprender a reconhecer e corrigir os erros. O que exige acreditar que um futuro melhor não é só necessário, como também possível.
Não há quem não reconheça competência profissional e qualificações acadêmicas nas pessoas hoje à frente do Ministério da Fazenda, do Banco Central, do BNDES e das principais estatais. O problema é a uniformidade de pensamento que a marca. Quando o presidente Michel Temer e seu ministério resolvem governar apenas para essa parcela da população, podem ter o apoio eventual do Congresso que o povo repudia, como se viu em 2016. Mas viram as costas para quem de fato constrói riquezas no país: os pequenos e médios empreendedores da cidade e do campo e os trabalhadores, os raladores e os despossuídos.
Fonte: Revista Congresso em Foco
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