O vice-governador de São Paulo, Rodrigo Garcia, se filiou ao PSDB na manhã desta sexta-feira (14). O evento de filiação aconteceu em um hotel de luxo, na Zona Sul de São Paulo, com a presença do governado João Doria.
“Estamos juntos na defesa dos brasileiros, das instituições e dos valores democráticos. Receba o abraço dos tucanos de todo o Brasil”, disse o PSDB pelas redes sociais.
A movimentação partidária, no entanto, desagradou o presidente do DEM, ACM Neto. O ex-prefeito de Salvador afirmou que a saída de Garcia do partido é “fruto de uma inexplicável imposição estabelecida pelo governador de São Paulo, João Doria, cuja inabilidade política tem lhe rendido altíssima rejeição e afastado os seus aliados”.
A postura desagregadora do governador de São Paulo amplia o seu isolamento político, e reforça a percepção do seu despreparo para liderar um projeto nacional.
Publicidade— ACM Neto (@acmneto_) May 14, 2021
Garcia era filiado ao DEM há 27 anos. A troca de legenda é primeira fase para que Garcia possa disputar a cabeça de chapa na eleição para governador de São Paulo em 2022, uma vez que João Doria é um dos pré-candidatos à presidência pelo PSDB.
Após o evento de filiação, o vice-governador visitou o prefeito de São Paulo, Bruno Covas, no hospital.
@brunocovas e eu sempre caminhamos juntos nos mesmos projetos. Temos a mesma visão de país, o mesmo olhar sobre o papel da política. Começamos cedo, fomos deputados estaduais juntos. (segue o fio) pic.twitter.com/YJ27NjobpE
— Rodrigo Garcia (@rodrigogarcia_) May 14, 2021
Além de Rodrigo Garcia, o DEM também perdeu nas últimas semanas o prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes e deve perder também Rodrigo Maia, que ensaia uma aproximação com o PSD, de Gilberto Kassab.
Ainda mirando as eleições de 2022, o ministro das Comunicações, Fábio Faria, disse em entrevista ao UOL na manhã de ontem (13), que deve deixar a sigla de Kassab e se filiar ao PP, aliado de Jair Bolsonaro.
“Estarei junto com o presidente Bolsonaro no ano que vem e não tenho como ficar num partido que vai ter uma outra candidatura”.
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