A Rede Sustentabilidade desistiu de filiar a ex-prefeita Marta Suplicy, que pretende disputar o pleito para a prefeitura de São Paulo em 2020. Marta tem insistido em compor chapa com o PT desde que recebeu uma pesquisa mostrando que essa chapa teria grandes chances de ser a vencedora, como mostrou o Congresso em Foco.
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Em reunião nesta terça de manhã (18), a cúpula do partido decidiu, após muito diálogo, que não irá compactuar com a “polarização que o PT quer fazer com Jair Bolsonaro, isso só alimenta esses extremos e quem perde é o Brasil”, revelou um membro da diretoria do partido ao site.
A decisão aconteceu após os membros apresentarem suas divergências, mas não foi necessário votação. “Foi uma decisão tranquila, apesar das opiniões contrárias”, afirmou uma das pessoas que participou da reunião.
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“A Rede entende que é importante os partidos progressistas se unirem para combater o autoritarismo do Bolsodória, mas isso não acontece com o PT”, declarou. Bolsodória é o termo que foi utilizado pelo atual governador de São Paulo, João Doria (PSDB) durante a campanha de 2018.
Por isso, o partido de Marina Silva, pretende compor uma chapa progressista com PV, PSB e PDT. A Rede acredita ser importante conquistar espaço já nestas eleições municipais, pois, segundo o entendimento da cúpula do partido, estas eleições podem ter muito peso em 2022.
O partido já estava com as conversas bem adiantadas com a ex-prefeita de São Paulo, que, após receber uma pesquisa que demonstra que em caso de aliança com o PT poderia ser vencedora na capital paulista, se inclinou em fechar com Fernando Haddad de cabeça de chapa e ela como vice. A Rede, entretanto, não aceita fechar acordo com o partido “bolsonarista de vermelho”, como declarou um membro da diretoria do partido ao Congresso em Foco.
O site também havia adiantado que Marta busca costurar uma “frente ampla democrática” no estado de São Paulo, mas PDT, PSB, Rede e Solidariedade não querem unir-se com o PT e isso poderia fazer esta frente ruir, como aconteceu agora.
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