Depois de o Comitê de Direitos Humanos da Organização das Nações Unidas (ONU) defender o direito de o ex-presidente Lula se candidatar, o PT vai investir na internacionalização da defesa do petista. A disposição foi anunciada pelo vice de Lula, o ex-prefeito paulistano Fernando Haddad, após visitar o ex-presidente na Superintendência da Polícia Federal em Curitiba, onde ele está preso.
O partido pretende usar a posição da ONU para reivindicar a participação de Haddad nos debates da campanha presidencial. “Com esse aval da ONU, vamos pedir que as prerrogativas da candidatura sejam respeitadas”, disse Haddad. O PT quer que Haddad tenha o direito de participar de debates e sabatinas caso Lula não seja dada a autorização para a candidatura de Lula.
“O presidente está muito animado com essa decisão e considera muito importante a participação da ONU em nossos assuntos internos, com a concordância do Brasil, que internalizou a convenção que torna a ONU autoridade no âmbito nacional”, disse Haddad. “Nossa ofensiva internacional vai aumentar a partir disso, não só com organismos internacionais, mas também com autoridades internacionais”, ressaltou.
A presidente do partido, senadora Gleisi Hoffmann (PR), afirmou que a eleição presidencial deixou de ser de interesse apenas do Brasil. “Não é pouca coisa o que a ONU decidiu e determinou ao Brasil: garantir a candidatura do presidente Lula e que faça todos os atos relativos à sua campanha eleitoral”, declarou. “Não podemos deixar que a democracia seja ferida de morte. Então o objetivo, a nossa disposição, do PT, do Haddad, da chapa de Lula, é lutar para que a determinação da ONU seja cumprida”, acrescentou.
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Haddad vai percorrer cinco estados do Nordeste de amanhã a sábado, manifestando apoio à reeleição de governadores e divulgando o plano de governo da chapa petista. O candidato a vice de Lula vai visitar a Bahia, Pernambuco, Sergipe, Paraíba e Maranhão.