O ex-governador do Ceará Ciro Gomes (PDT) abre nesta quarta-feira (20) a temporada de convenções nacionais que irão definir os candidatos à Presidência da República na eleição deste ano. A oficialização de Ciro na aconteceu na sede nacional da sigla, em Brasília.
Hoje, 20, é o primeiro dia do período para realização das convenções partidárias, conforme o calendário do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). A data vai até 5 de agosto.
Depois, as legendas têm até 15 de agosto para fazer o registro das chapas na Justiça Eleitoral. Só a partir de 16 de agosto os 45 dias de campanha começam de verdade e eles poderão usar seus respectivos números e pedir votos.
Ciro Gomes é ex-ministro da Fazenda e ex-governador do Ceará. Esta será sua quarta disputa ao Palácio do Planalto. Nas últimas três tentativas nos anos de 1998, 2002 e 2018, Gomes não conseguiu se consolidar no segundo turno, mas registrou o melhor desempenho no último pleito, com pouco mais de 13,3 milhões de votos.
O pedetista, contudo, ainda não indicou um nome para um possível vice em sua chapa. O nome ainda é costurado dentro do partido. Ciro também ainda não fechou nenhuma aliança oficial com outro partido, apenas apoios pontuais como da ex-senadora Heloísa Helena (Rede).
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Atualmente, o ex-governador pontua com 8% das intenções em 2022, de acordo com o último levantamento do instituto Datafolha. Ciro tenta fazer frente às candidaturas de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Jair Bolsonaro (PL). Em Brasília, ele quer se apresentar como uma alternativa à polarização e “contra esse sistema” de “extremos”.
PublicidadeA campanha do candidato, sob o comando do ex-marqueteiro do PT, João Santana, vende o nome de Ciro como uma espécie de “livramento”: vote em um e se livre dos dois”, em referência a Lula e a Bolsonaro.
Perfil do candidato
Ciro Ferreira Gomes, 64 anos, nasceu em Pindamonhangaba (SP) em 6 de novembro de 1957. Aos 4 anos, mudou-se com sua família para Sobral, no Ceará, onde cresceu e construiu sua carreira política.
Foi deputado estadual por duas legislaturas no Ceará (1983 a 1989), prefeito de Fortaleza (1989 a 1990) e governador do Ceará (1991 a 1994). Como ministro da Fazenda no governo Itamar Franco (1994), ajudou a consolidar o Plano Real e, como ministro da Integração Nacional no governo Lula (2003 a 2006), elaborou o projeto de transposição do rio São Francisco e viabilizou a sua implantação. O seu último mandato político foi o de deputado federal, entre 2007 e 2011, para o qual foi eleito com a maior votação proporcional do país.