A pandemia de covid-19 impôs mudanças ao calendário das eleições municipais de 2020 e alterações nos procedimentos de votação. Mesmo com as adaptações, cerca de 20% do eleitorado nas capitais não se sente completamente seguro em ir às urnas, segundo dados de pesquisas feitas pelo Ibope. Com isso, a pandemia pode afetar a participação do eleitorado brasileiro, que já vem registrando um aumento no índice de abstenções.
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Nos últimos anos, apesar do voto obrigatório, o indicador de abstenções tem crescido. Em 2016, 17,6% dos eleitores deixaram de votar, o que equivale a mais de 25 milhões de pessoas, segundo os dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Nas polarizadas eleições presidenciais de 2018, quase 30 milhões de pessoas deixaram de votar, correspondendo a 20,3% dos eleitores aptos. O número de abstenção de 2018 foi mais alto do que a eleição presidencial de 2014, que computou 19,39% de abstenção.
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O aumento do número de abstenções durante a pandemia não é exclusividade do Brasil. As disputas eleitorais de diversos países foram afetadas de alguma forma pelo ano atípico de 2020. Segundo os dados do Instituto Internacional pela Democracia e Assistência Eleitoral (Idea), a maioria das eleições ao redor do mundo, durante este período, viu uma diminuição da participação do seu eleitorado.
Dos 45 países com eleições ocorridas até a finalização do levantamento do instituto, pelo menos 27 registraram queda no número de votos em relação a média do anos de 2008 a 2019.
Uma das quedas mais significativas foi vista nas eleições municipais da França, em março, que contabilizaram 60% de abstenção. A média dos anos anteriores era de 40%.
PublicidadeA pergunta sobre o comparecimento eleitoral mesmo em período de pandemia foi feita pelo Ibope nas pesquisas de intenção de voto feitas em outubro nas capitais do país.
Veja abaixo as projeções de comparecimento para as capitais
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