Um dia após o resultado das eleições, Fernando Haddad (PT), desejou sucesso a Jair Bolsonaro (PSL), eleito ontem (28) com 57 milhões de votos. O petista recebeu mais de 47 milhões de votos e ficou em segundo lugar. Em sua conta do Twitter, Haddad disse que o país “merece o melhor” e que ele escreve de “coração leve”.
Presidente Jair Bolsonaro. Desejo-lhe sucesso. Nosso país merece o melhor. Escrevo essa mensagem, hoje, de coração leve, com sinceridade, para que ela estimule o melhor de todos nós. Boa sorte!
— Fernando Haddad 13 (@Haddad_Fernando) 29 de outubro de 2018
Horas depois, Bolsonaro respondeu a mensagem, também pelo Twitter. “Senhor Fernando Haddad, obrigado pelas palavras! Realmente o Brasil merece o melhor”, escreveu o novo presidente.
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Ontem, após a divulgação do resultado, Haddad não telefonou para Bolsonaro, como é praxe o perdedor fazer quando termina a apuração dos votos. De acordo com a GloboNews, o ex-prefeito de São Paulo disse que “não haveria clima” e que “temeu a reação do adversário”. Haddad lembrou ainda que Bolsonaro, durante discurso antes do segundo turno, disse que em caso de derrota, mandaria prender o petista e não reconheceria o resultado.
PublicidadeEm outro tuíte, Haddad reforçou o que disse ontem à noite no discurso para a militância, de que coloca a vida à disposição do Brasil. “Não tenham medo, nós estaremos aqui. Nós estamos juntos. Nós estaremos de mãos dadas com vocês”, escreveu o petista. “Coragem, a vida é feita de coragem”, completou.
No primeiro discurso após a confirmação de sua derrota, Haddad agradeceu a mobilização de todos na campanha e disse que é hora de fazer oposição durante o próximo governo. “Nós temos a responsabilidade de fazer uma oposição colocando os interesses nacionais, o interesse do povo brasileiro acima de tudo”, disse. “Vamos colocar o nosso ponto de vista, respeitando a democracia.”
Guilherme Boulos, que disputou o primeiro turno pelo Psol e apoiou a campanha petista no segundo turno, disse ontem em sua conta no Twitter que “vai ter resistência democrática”. “Bolsonaro é uma ameaça real à democracia brasileira. Por isso, já nos próximos dias, nós vamos contribuir para impulsionar uma frente ampla pela democracia no Brasil, com todos aqueles que neste segundo turno souberam se colocar do lado certo da história”, disse Boulos em vídeo.
“Entre a prisão e o exílio, nós escolhemos as ruas”, disse, em referência a uma frase que Bolsonaro disse no último domingo. Em ato de apoio à sua candidatura, o então presidenciável disse que iria “varrer os vermelhos” do país e que seus opositores teriam duas opções: cadeia ou exílio.