Peritos médicos do Instituto Nacional de Seguro Social (INSS) paralizaram as atividades em todo o país, nesta segunda (31). Chamado de “Dia Nacional de Advertência”, o movimento é um protesto por melhores condições de trabalho e reajuste de 19,9%. A estimativa é de que 25 mil perícias que estavam agendadas fiquem comprometidas nas próximas 24h.
A categoria reclama de sobrecarga de trabalho. Em uma nota enviada ao Ministério do Trabalho na semana passada, informando da paralização, a Associação Nacional dos Peritos Médicos Federais (ANMP), que organiza a mobilização, destacou a falta de avanço nas conversas com a pasta.
“Em atenção a tais objetivos estatutários e diante do atual quadro caótico que se apresenta à carreira de perito médico federal, a associação tentou, em centenas de ocasiões, instaurar rodadas de negociações com a administração pública federal, todas infrutíferas”, escreveram.
O INSS integra o Ministério do Trabalho, pasta que teve o maior volume de cortes no orçamento de 2022. Foram vetados R$ 1 milhão, dos quais R$ 709,8 mil deveriam ser repassados à seguridade social.
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Resposta do INSS
A reportagem entrou em contato com o INSS para saber se haveria uma conversa com a associação que representa os peritos, mas o instituto não respondeu.
Sobre as perícias prejudicadas, o INSS “será feita a remarcação de todos os atendimentos que não puderam ser realizados”. Para isso, não será necessário a solicitação de nova data e “o segurado pode confirmar a nova data e horário da sua perícia pelo telefone 135 ou pelo Meu INSS (site ou aplicativo)”.
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