A ex-ministra do Meio Ambiente e candidata a deputada federal, Marina Silva (Rede-SP), manifestou apoio à candidatura do ex-presidente Lula (PT) em uma coletiva de imprensa realizada nesta segunda-feira (12). A união marca o fim de uma série de rusgas entre os dois líderes políticos.
“É em nome daquilo que está acima de nós, e olhando de baixo para cima para ver o que está acima de nós, é que eu manifesto meu apoio, de forma independente, ao candidato e ex-presidente, futuro presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva”, afirmou Marina.
Confira o vídeo da fala:
Lula e Marina se encontraram nesse domingo (11) pela primeira vez em anos. Em uma publicação no Twitter nesse domingo, Marina classificou o encontro como uma “boa e necessária conversa”. A candidata afirmou que apresentou “propostas para um Brasil mais justo e sustentável”.
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Foi uma boa e necessária conversa onde pude apresentar propostas para um Brasil mais justo e sustentável. https://t.co/7EHq9rX6Xu
Publicidade— Marina Silva 1️⃣8️⃣1️⃣8️⃣ (@MarinaSilva) September 11, 2022
Lula também usou a rede social para comentar o apoio da ex-ministra. “A presença da Marina Silva aqui com a gente é uma demonstração de que a democracia pode ser exercida mesmo quando existem divergências”, destacou o presidenciável.
As pessoas estão vendo que a nossa democracia está fugindo pelos nossos dedos. A presença da @MarinaSilva aqui com a gente é uma demonstração de que a democracia pode ser exercida mesmo quando existem divergências.
— Lula 13 (@LulaOficial) September 12, 2022
Marina foi ministra do Meio Ambiente de 2003 até 2008, deixando o ministério após divergências sobre o recém-lançado Plano Amazônia Sustentável (PAS). Em seguida, deixou o PT. Em 2013, Marina criou o seu próprio partido, a Rede Sustentabilidade.
Nas eleições de 2014, Marina foi atacada pelos ex-companheiros de partido durante a campanha de reeleição da ex-presidente Dilma Rousseff (PT). Marina, que chegou a liderar pesquisas eleitorais após o falecimento do seu companheiro de chapa, Eduardo Campos (PSB), não avançou para o segundo turno e ficou atrás de Dilma e Aécio Neves (PSDB).
O apoio a Lula foi um dos fatores que atrasou a formação da federação entre a Rede e o Psol, este politicamente alinhado ao presidente Lula. A união dos dois partidos só foi possível após a aprovação de uma “cláusula de divergência”, que permitia que lideranças pudessem se manifestar de maneira independente sobre o apoio presidencial.
Além de Marina que tinha suas ressalvas, agora sanadas, a cláusula beneficiava a ex-senadora e hoje candidata a deputada federal, Heloísa Helena (Rede-RJ), que foi expulsa do PT em 2003 por divergências sobre a reforma da Previdência e política econômica do governo Lula. A saída de Heloísa levou a criação do Psol.