O governador do Maranhão, Flávio Dino, pediu a desfiliação do PCdoB. Ele deixa partido após 15 anos de atuação e o que se ventila é que o destino dele será o PSB. O nome dele é visto como uma possível aposta dos socialistas para majoritária – Planalto ou Senado – em 2022.
Em carta, encaminhada à presidente da legenda, Luciana Santos, datada desta quinta-feira (17), o governador afirma que “derrotar o projeto antinacional e antipopular que se instalou no Brasil é tarefa central e emergencial”. Ele disse também acreditar em “uma Frente da Esperança que será vetor decisivo para um novo clico”.
Leia a carta:
No início da tarde, Flávio Dino postou nas redes sociais a decisão pela desfiliação.
Informo que pedi desfiliação ao PCdoB. Desejo êxito ao Partido na sua caminhada em defesa de uma Pátria Livre e Justa. Uma grande Frente da Esperança é um vetor decisivo para um novo ciclo de conquistas sociais para o Brasil. A tal tarefa seguirei me dedicando.
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— Flávio Dino 🇧🇷 (@FlavioDino) June 17, 2021
O governador, único do partido atualmente, reconheceu discordâncias em estratégias e táticas da legenda, mas reforçou o papel do PCdoB na história política nacional.
“Diferenças que hoje temos, de estratégia e tática políticas, são menos importantes do que o meu reconhecimento ao papel histórico do partido na defesa de um novo projeto nacional de desenvolvimento para o Brasil”, escreveu.
Agradeço ao PCdoB a acolhida fraterna nesses 15 anos de militância. Diferenças que hoje temos, de estratégia e tática políticas, são menos importantes do que o meu reconhecimento ao papel histórico do partido na defesa de um novo projeto nacional de desenvolvimento para o Brasil
— Flávio Dino 🇧🇷 (@FlavioDino) June 17, 2021
Flávio Dino sai do partido levando o secretário de Comunicação do Maranhão, Ricardo Cappelli.
Anuncio a minha desfiliação do PCdoB, partido pelo qual militei nos últimos 26 anos, onde aprendi muito e pelo qual tenho imenso respeito. Aos amigos construídos nesta longa trajetória, a certeza de que continuaremos juntos na luta por um Brasil mais justo, livre e soberano.
— Ricardo Cappelli (@RicardoCappelli) June 17, 2021
Um dos motivos dessa saída de Dino é a busca pela sua manutenção eleitoral diante do risco de o partido sucumbir nas eleições de 2022 devido à cláusula de barreira. Atualmente em tramitação no Congresso, o projeto que cria a federação partidária é tido como uma tábua de salvação para as siglas menores na medida em que permitiria a união entre elas para que atuassem como um único partido. Apesar de ter ganhado urgência para votação em plenário, a proposta segue no aguardo de ser pauta.
Enquanto as mudanças na legislação eleitoral não avançam, os socialistas flertam uma fusão justamente com o Partido Comunista Brasileiro. O movimento de Dino reforça a tese da junção das duas siglas.
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