O Partido dos Trabalhadores escolheu o nome do ex-deputado federal Jilmar Tatto para ser o candidato do partido à prefeitura de São Paulo. Em votação online, Tatto venceu o deputado federal e ex-ministro da Saúde Alexandre Padilha. A escolha foi anunciada pela presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann, no Twitter.
Parabéns Jilmar Tatto, nosso candidato a prefeito de S. Paulo. Parabéns Padilha e a todos(as) que fizeram esse processo democrático. Agora é unidade até a vitoria!
— Gleisi Hoffmann (@gleisi) May 16, 2020
Tatto foi deputado federal por dois mandatos e é o atual secretário nacional de comunicacão do PT. Ele foi Secretário de Transportes de São Paulo nas gestões Marta Suplicy e Fernando Haddad.
O pré-candidato pediu união dos setores progressistas. “Vamos fazer esforço danado para construir uma politica de alianças, buscar os setores progressistas da cidade para fazer com que os setores democráticos possam estar conosco, na luta pelo #ForaBolsonaro, mas temos um grande patrimônio: nossa militância”, escreveu ele no Twitter.
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Estou bastante emocionado, esse momento é muito importante para minha trajetória que, desde início do PT, foi feita em cada canto, em cada zonal dessa cidade. Hoje é um dia especial e vou estar a altura para corresponder a esse desejo dos militantes. A luta está apenas começando
— Jilmar Tatto (@jilmartatto) May 16, 2020
Derrotado, o deputado Alexandre Padilha reiterou a necessidade de união da esquerda. “Vamos junto com o companheiro Jilmar Tatto unir a esquerda e combater a extrema direita em São Paulo. Prossigo como deputado federal na luta e em apoio a todos nossos candidatos de SP e do Brasil”, disse ele.
Apoio ao impeachment
O partido decidiu oficialmente pelo apoio ao impeachment do presidente Jair Bolsonaro. Informalmente, o partido já vinha articulando uma frente, na qual ele não deverá ser “o rosto”.
Fontes ouvidas pela reportagem afirmaram que o PT vai assinar um novo pedido de impeachment de autoria do Psol, que decidiu recentemente apresentar uma outra denúncia contra o presidente, dessa vez, com o apoio do diretório nacional da sigla.
O ex-presidente Lula já vem indicando este caminho e pedindo publicamente o afastamento de Jair Bolsonaro. Na segunda-feira (11), Lula afirmou que Bolsonaro tende a “endurecer” o discurso e caminhar para um viés cada vez mais “autoritário”.
PDT, PSB, Rede e PV, têm apresentado resistência em se alinhar com o PT, tendo essas siglas já apresentado seus próprios pedidos de maneira isolada. O fim de semana deve ser de articulações para tentar uma união nesse sentido.
Esse afastamento dos partidos contra o PT levou o deputado Marcelo Freixo (Psol-RJ) a desistir de disputar a prefeitura do Rio de Janeiro (RJ). A decisão desagradou grande parte da militância interna no partido.
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