O Brasil atingiu a marca recorde de 204 .854 mil novos casos de covid por dia nesta quarta (19). Houve registro de 338 mortes em decorrência da doença também nas últimas 24h. O recorde anterior foi de 18 de setembro do ano passado, quando o país apresentou 150 mil novos casos em apenas um dia.
Os dados são do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass).
A piora no cenário epidemiológico da Covid tem gerado superlotação nas UTIs brasileiras.
Um levantamento Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) mosrta que entre 10 e 17 de janeiro houve aumento na taxa de ocupação de leitos e dez estados, além do Distrito Federal, possuem de 60% a 80% dos leitos ocupados.
A alta no número de infectados pela doença se repete em outros países. A plataforma Our World In Data, que consolida dados sobre a covid, informou nesta quinta (20) que pela primeira vez o mundo teve 3,79 milhões de novos contaminados em um espaço de 24h.
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O último recorde havia sido registrado no dia anterior, a quarta-feira (19), quando foram 3,67 milhões de novos casos contabilizados.
PublicidadeVacinação de crianças
Ainda de acordo com o último levantamento do Conass, em São Paulo, o número de crianças e adolescentes em UTIs subiu 61% nos últimos meses.
Nesta quinta-feira, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) volta a se reunir para discutir o uso da vacina Coronavac, produzida pelo Instituto Butantan, em crianças, a exemplo do que já começou a acontecer com o imunizante produzido pela Pfizer contra a covid-19.
O pedido para imunização infantil foi feito pelo Butantan em dezembro. Se houver a liberação, uma nova guerra política em torno das vacinas deverá acontecer. Ontem, o governador de São Paulo, João Doria, candidato do PSDB à Presidência da República, afirmou que vai começar a aplicação da vacina em crianças “15 minutos depois de a liberação acontecer”.
O presidente Jair Bolsonaro, no entanto, teve atritos com o presidente da Anvisa, o contra-almirante Barra Torres, por se declarar contra a imunização de crianças. O advogado-geral da União, Bruno Bianco, chegou a entrar com um pedido no Supremo Tribunal Federal (STF), pedindo a suspensão da vacinação infantil por supostas irregularidades que, segundo ele, estariam sendo cometidas. O ministro da corte, Ricardo Lewandowski, determinou que os ministérios públicos estaduais façam cumprir a vacinação das crianças, conforme garante a Constituição e o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA).