Mesmo com os protestos que levaram milhares de pessoas às ruas no último fim de semana, deflagrados pela campanha #EleNão, o candidato Jair Bolsonaro (PSL) cresceu seis pontos percentuais entre as mulheres em menos de uma semana, de acordo com pesquisa Ibope divulgada nessa segunda-feira (1º).
A preferência pelo candidato do PSL entre o eleitorado feminino passou de 18% para 24% na comparação com o levantamento divulgado na quarta-feira da semana passada (26). No geral, Bolsonaro subiu de 27% para 31%, segundo o instituto. A margem de erro é de dois pontos para mais ou para menos.
Renda alta e Sudeste
Em entrevista à GloboNews, a diretora-executiva do Ibope, Márcia Cavallari, atribuiu a mulheres de alta renda do Sudeste o maior crescimento de Bolsonaro entre as eleitoras. A pesquisa foi feita no sábado (29) e no domingo (30), quando foram realizadas manifestações contrárias e favoráveis ao deputado em centenas de cidades.
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Desde o início da série histórica, em 20 de agosto, Bolsonaro demonstra dificuldade para crescer no eleitorado feminino. Essa resistência, porém, diminuiu na última semana. Na comparação com levantamento do Ibope divulgado na segunda da semana passada (24), o capitão reformado cresceu dez pontos entre as mulheres.
O líder nas pesquisas também aumentou seu apoio entre os homens desde a última quarta-feira, de 36% para 39%. O petista Fernando Haddad, que aparece na segunda colocação, tem 21% da preferência no eleitorado masculino 20% no feminino. No geral, Haddad tem 21% das intenções de voto, segundo o Ibope.
Rejeição e segundo turno
O levantamento dessa segunda trouxe outros pontos positivos para Bolsonaro. Ele melhorou seu desempenho nas simulações de segundo turno e viu disparar o percentual de rejeição ao seu principal adversário. O presidenciável do PSL aparece empatado com Geraldo Alckmin (PSDB) e Fernando Haddad (PT) e diminuiu a desvantagem para Ciro Gomes (PDT). O pedetista oscilou um ponto para cima, enquanto ele cresceu quatro pontos, reduzindo a vantagem do ex-governador cearense para seis pontos. Em um possível confronto com Haddad, o candidato do PSL cresceu quatro pontos e chegou ao empate numérico de 42%.
O maior índice de rejeição continua sendo o de Bolsonaro. Segundo a pesquisa, 44% dos entrevistados não votariam de jeito nenhum nele, mesmo índice da semana passada. Já a rejeição ao candidato do PT disparou e subiu 11 pontos. Na pesquisa anterior, 27% dos entrevistados afirmaram que não votariam de jeito nenhum no petista, índice que foi a 38% na pesquisa divulgada nessa segunda. Entre as mulheres, 51% disseram que não votarão em hipótese alguma em Bolsonaro. A mesma resposta foi dada por 33% das entrevistadas em relação a Haddad. Na pesquisa anterior, a rejeição ao petista, entre elas, era de 20%.