A Liga Árabe, organização que reúne 22 Estados fundada em 1945, decidiu nesta terça-feira (18) que vai tomar “medidas políticas, diplomáticas e econômicas necessárias” diante de uma possível mudança da embaixada israelense de Tel Aviv para Jerusalém. A mudança foi anunciada pelo presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) logo após o fim do segundo turno das eleições.
Uma das possíveis sanções é a redução na importação de carnes brasileiras, negócio que compõe bilhões de reais no PIB brasileiro.
Na reunião de emergência no Cairo, capital do Egito, os países árabes anunciaram que vão enviar uma carta de protesto a Bolsonaro e aos embaixadores brasileiros.
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Para a Liga, a mudança da embaixada é um “ato ilegal” e descumprimento “do direito internacional”. O ato significaria o reconhecimento brasileiro de que Jerusalém é a capital de Israel.
A região é palco de disputas territoriais entre israelenses e palestinos há séculos. A carta deverá, inclusive, conter resoluções da ONU com entendimentos sobre a disputa na área.
O grupo pretende ainda enviar uma delegação ao Brasil para debater a questão com o governo eleito. Israel também tenta movimentos de aproximação com Bolsonaro: o presidente do país deve chegar ao Brasil em 27 de dezembro para uma visita oficial de cinco dias, que incluem uma reunião com o presidente eleito e presença na posse.
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