O Irã cobrou explicações das autoridades brasileiras sobre a posição do Brasil em relação à recente escalada de tensões entre o Iraque e os Estados Unidos. O Itamaraty, que já se manifestou favoravelmente ao combate do terrorismo, garantiu, por sua vez, que essa conversa com Irã foi cordial.
> Bolsonaro chama retaliação de Irã aos EUA de operação quase suicida
Segundo o jornal O Globo, a conversa ocorreu no último domingo (5) entre a Chancelaria do Irã e a encarregada de negócios da embaixada brasileira, visto que o embaixador do Brasil naquele país está de férias. A reunião foi convocada depois de o Itamaraty e o presidente irã indicarem apoio ao ataque dos Estados Unidos que culminou na morte do general iraniano Qassem Soleimani.
Leia também
Em nota emitida logo após o ataque que aumentou a tensão no Oriente Médio, o Brasil classificou essa atitude dos Estados Unidos como um ato de combate ao terrorismo e disse estar pronto para ajudar nessa missão. “O Governo brasileiro manifesta seu apoio à luta contra o flagelo do terrorismo e reitera que essa luta requer a cooperação de toda a comunidade internacional sem que se busque qualquer justificativa ou relativização para o terrorismo. O Brasil está igualmente pronto a participar de esforços internacionais que contribuam para evitar uma escalada de conflitos neste momento”, afirmou o Itamaraty na ocasião. Veja aqui a nota completa.
Por isso, a notícia de que o Brasil foi convocado pelo Irã a prestar esclarecimentos sobre esse assunto virou assunto nas redes sociais. A hashtag #Iranbrazil está entre os assuntos mais comentados do Twitter na manhã desta terça-feira (7). No tópico, estão muitos comentários pedindo que o Brasil não tome uma posição incisiva nesse conflito, que, para alguns internautas, poderia gerar até uma terceira guerra mundial.
O Ministério das Relações Exteriores, por sua vez, que a reunião com a Chancelaria do Irã foi tranquila. “A conversa, cujo teor é reservado e não será comentado pelo Itamaraty, transcorreu com cordialidade, dentro da prática diplomática”, informou ao jornal O Globo.
Publicidade