A votação que definiria o novo presidente da Assembléia Nacional da Venezuela foi marcada por impasse entre apoiadores de Maduro e opositores neste domingo (5). Com a sede cercada pela polícia, deputados do regime de Nicolás Maduro impediram a entrada de opositores na casa Legislativa.
>“Governo aceita pré-julgamento de Trump sobre Irã”, diz ex-chanceler
Atualmente, Juan Guaidó é o presidente do parlamento Venezuelano, sendo reconhecido por cerca de 50 países incluindo o Brasil, como presidente interino do país. Guaidó seria um dos nomes a tentar reeleição, mas foi impedido de participar da votação no domingo (5).
O deputado Luis Parra foi eleito pelos apoiadores do regime de Maduro como o novo líder do Congresso.
Leia também
A eleição foi considerada por Guaidó e demais opositores ao regime como “golpe parlamentar”. Eles afirmam que votação não teve quórum suficiente para eleger um novo presidente.
PublicidadeOpositores se reuniram na sede do jornal El Nacional, segundo o jornal Folha de São Paulo, onde realizaram uma eleição entre si reelegendo Guaidó como presidente do parlamento e consequentemente presidente interino.
Repercussão
No Twitter, o ministro das Relações Exteriores brasileiro, Ernesto Araújo, reconheceu a reeleição de Guaidó e afirmou que Maduro tentou “impedir” uma “votação legítima”.
Em Caracas hoje, Maduro tenta impedir, à força, votação legítima na Assembleia Nacional e reeleição de Juan Guaidó para a presidência da AN e do gov interino, crucial p/ a redemocratização do país. Brasil não reconhecerá qualquer resultado dessa violência e afronta à democracia. pic.twitter.com/M0g6CKztgx
— Ernesto Araújo (@ernestofaraujo) January 5, 2020
Segundo o jornal Folha de São Paulo, o presidente Uruguaio, Luis Lacalle Pou, se posicionou de forma semelhante ao Brasil, afirmando que a interferência na Assembleia por parte do regime de Maduro representa “um novo golpe nas instituições democráticas”.
O Departamento de Estado dos Estados Unidos também reconheceu a reeleição de Guaidó.
Com informações da Folha de São Paulo e G1.
>Lula vai usar sanção do juiz de garantias contra Moro na ONU