O Ministério da Defesa divulgou uma nota neste domingo (2) afirmando que irá repatriar os brasileiros que se encontram em Wuhan, capital da província chinesa de Hubei, epicentro do coronavírus.
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A nota revela uma mudança de posição do governo em relação ao tema, uma vez que o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) chegou a dizer que não “seria oportuno” repatriar os brasileiros que se encontram na cidade chinesa. “Não vamos colocar em risco nós aqui por uma família apenas”, disse em 28 de janeiro.
De acordo com a pasta, o governo “adota todas as medidas necessárias para trazer de volta ao Brasil os cidadãos brasileiros”. A nota diz que serão trazidos todos aqueles que se encontram naquela região e que “manifestarem desejo” de retornar.
O Ministério explica que essas pessoas serão submetidas a quarentena ao voltar para o Brasil, período em que ficaram isoladas por risco de transmitir a doença para outras pessoas. Esse procedimento segue normas internacionais e será orientado pelo Ministério da Saúde.
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A nota diz também que a pasta, “por meio da Força Aérea Brasileira, trabalha na elaboração do plano de voo da aeronave, possivelmente fretada, que será enviada à China”.
“Os detalhes da operação, que está sendo planejada, serão informados posteriormente. A Embaixada do Brasil em Pequim entrará em contato para prestar informações e organizar os procedimentos cabíveis”, afirma.
Congresso se movimenta
A presidente da Frente Parlamentar Mista da Saúde, deputada Carmen Zanotto (Cidadania-SC), em conversa neste sábado (1) com o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), defendeu que a Casa, assim que retornar as atividades legislativas, “atue fortemente” para aprovar, com urgência, propostas que poderão ser enviadas pelo governo e de iniciativa parlamentar que possibilitem o retorno imediato ao país dos brasileiros que se encontram na região de Wuhan.
Segundo o Itamaraty, cerca de quarenta brasileiros pedem que o governo providencie o retorno deles ao território nacional.
Além de pedir que a Câmara aprove a regulamentação da quarentena, a deputada quer a garantia de recursos orçamentários para o retorno dessas pessoas.