A deputada argentina eleita Diana Mondino, chanceler designada pelo presidente eleito da Argentina Javier Milei. afirmou que a parceria com o Brasil terá continuidade por parte do novo governo da Argentina. Neste domingo, Diana Mondino esteve com o ministro de Relações Exteriores, Mauro Vieira, em Brasília.
Segundo comunicado do Itamaraty, Vieira recebeu oficialmente o convite para que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva participe da posse do argentino no dia 10 de dezembro. O informe do Itamaraty também informa que foram discutidos também aspectos da relação bilateral e do atual estágio das negociações Mercosul e União Europeia. A reunião foi acompanhada pelos embaixadores do Brasil em Buenos Aires, Julio Bitelli, e da Argentina em Brasília, Daniel Scioli.
Milei foi eleito presidente da Argentina no último dia 19. O representante da extrema-direita à presidência da Argentina, Javier Milei (La Libertad Avanza), venceu a disputa em segundo turno contra Sergio Massa (Unión Por La Patria), atual ministro da Economia, com cerca de 12 pontos de vantagem sobre o candidato da situação, o peronista e ministro da Economia, Sergio Massa.
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“A democracia é a voz do povo, e ela deve ser sempre respeitada. Meus parabéns às instituições argentinas pela condução do processo eleitoral e ao povo argentino que participou da jornada eleitoral de forma ordeira e pacífica. Desejo boa sorte e êxito ao novo governo. A Argentina é um grande país e merece todo o nosso respeito. O Brasil sempre estará à disposição para trabalhar junto com nossos irmãos argentinos”, escreveu Lula no X (antigo Twitter), no dia da vitória de Milei.
A manifestação do presidente brasileiro foi feita antes mesmo do anúncio oficial do resultado – a exemplo do que fez Massa, quando discursou e reconheceu a vitória do oponente. Lula foi atacado diversas vezes por Milei durante a campanha. O argentino chegou a dizer que romperia as relações com o Brasil enquanto o petista estivesse no poder. Cenário considerado improvável, dada a importância comercial do mercado brasileiro para o país vizinho.
Com a vitória de Milei, a direita espera retomar o espaço perdido nos últimos quatro anos na América do Sul. Em 2019, presidentes considerados de direita comandavam dez dos 12 países do subcontinente.