O presidente Jair Bolsonaro (PSL) afirmou nesta segunda-feira (28) que “lamenta” o resultado das eleições presidenciais argentinas, que elegeu a chapa peronísta encabeçada por Alberto Fernández. Segundo o militar da reserva, a Argentina “escolheu mal”.
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“Lamento. Eu não tenho bola de cristal, mas eu acho que a Argentina escolheu mal”, disse ao deixar os Emirados Árabes Unidos. As informações são do G1.
Neste domingo (28), Fernández, que tem como vice a ex-presidente Cristina Kirchner, ganhou a eleição em primeiro turno do atual presidente Mauricio Macri. Com 97% das urnas apuradas, ele conquistou 48,1% dos votos. Na Argentina é necessário 45% dos votos mais um para vencer o pleito presidencial.
Bolsonaro afirmou que não pretende parabenizar o novo presidente argentino pela vitória, mas disse que não vai se “indispor” com o novo mandatário. “Vamos esperar o tempo para ver qual a posição real dele na política. Porque ele vai assumir, vai tomar pé do que está acontecendo e vamos ver qual a linha que ele vai adotar”, afirmou.
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O militar citou o posicionamento de Fernández a favor da liberdade do ex-presidente Lula e a ida de parlamentares da esquerda à Argentina como motivos para desconforto. “O primeiro ato do Fernández foi já Lula Livre, dizendo que ele tá preso injustamente, sem contar o pessoal com o pessoal de esquerda do Brasil que tá lá”, comentou.
Mercosul
O presidente brasileiro afirmou que a relação no bloco econômico continua “tudo bem”, mas que Ferndández já disse que poderia sair do Mercosul. “Vamos esperar agora o banho de realidade que ele vai ter. A Argentina não vai bem”, comentou
Ele disse também que, caso haja uma mudança na condução econômica da Argentina que prejudique o acordo Mercosul-União Européia, o Brasil pode se juntar com outros países do bloco para verificar se os argentinos estão quebrando alguma cláusula do acordo.
“Não digo que sairemos do Mercosul, mas poderemos juntar com o Paraguai. Não sei o que vai o que vai acontecer com o Uruguai, vamos ver o que vai ser nas eleições do Uruguai, e decidimos se a Argentina fere alguma cláusula do acordo ou não. Se ferir, nós podemos afastar a Argentina. A gente espera que nada disso seja necessário. Espero que a Argentina não queira, na questão comercial mudar o seu rumo”, afirmou.
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