Os presidentes das comissões de Relações Exteriores da Câmara e do Senado, respectivamente o deputado Aécio Neves (PSDB-MG) e a senadora Kátia Abreu (PP-TO), enviaram uma carta para a Organização Mundial de Saúde (OMS).
O documento (íntegra) pede ajuda internacional para o Brasil adquirir vacinas contra covid-19. A iniciativa não contou com a participação do ministro Ernesto Araújo (Itamaraty), que sofre um processo de fritura por parte do Congresso.
“A situação que enfrentamos é dramática. Dados da própria OMS atestam que o Brasil se tornou o epicentro mundial da pandemia, com mais de 12 milhões de casos confirmados e 300 mil óbitos. Assistimos, consternados, a uma preocupante aceleração da curva de contágios: na última terça-feira, chegamos a 82.493 novos casos e 3.251 óbitos. Em um único dia, tivemos mais vidas perdidas do que as vítimas do ataque terrorista às torres gêmeas do World Trade Center, em 11/09/2001”, assinam o deputado do PSDB e a senadora do PP.
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O texto pede mais doses das vacinas obtidas por meio do consórcio global Covax Facility, liderado pela OMS, e que já destinou ao Brasil uma leva de imunizantes no último fim de semana. “São quantidades insuficientes (1.022.400) para reverter o quadro de crise aguda que vivemos e evitar os riscos a toda a comunidade internacional”.
“À luz do exposto, encareço o especial empenho de Vossa Excelência no sentido de que se examine, no âmbito da Covax Facility, a possibilidade de ajuste no cronograma de entrega de vacinas do consórcio ao Brasil. Outra alternativa para a qual me permito chamar a atenção da OMS seria o possível adiantamento ao Brasil de doses extras de vacina do consórcio. O mesmo número de doses seria, em momento subsequente, reposto por nosso País no estoque global da Covax Facility, a partir da própria produção brasileira de vacinas, com base em cronograma mutuamente acordado”, pedem os congressistas.
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