O ex-governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel (PSC), está confirmado como o depoente desta quarta-feira (16) na CPI da Covid. Primeiro governador afastado por um processo de impeachment no Brasil, ele deverá falar aos senadores mesmo depois de o Supremo Tribunal Federal (STF) autorizá-lo a não comparecer.
A ida de Witzel a comissão era incerta, apesar do próprio ex-juiz federal ter inicialmente se oferecido para depor. Na segunda (14) a defesa dele ingressou na justiça com um pedido de habeas corpus (HC) para suspender o depoimento. O HC foi atendida pelo ministro Nunes Marques.
No seu entendimento, o magistrado decidiu “dispensar o paciente, caso queira, de comparecer perante a CPI do Pandemia e, em caso de opção pelo comparecimento, garantir-lhe: o direito ao silêncio, a não assumir o compromisso de falar a verdade (em razão da condição de investigado e não de testemunha) e à assistência de advogado”.
Apesar da decisão favorável, Witzel anunciou na nesta terça (15) que estará diante dos senadores da CPI. Eleito em 2018 na esteira do bolsonarismo – e com o apoio do hoje senador Flávio Bolsonaro (Patriota-RJ), Witzel foi afastado justamente por escândalos na área da saúde: segundo o Ministério Público Federal (MPF), Witzel integrava um esquema de fraude em contratos firmados para o combate à pandemia.
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