O presidente do Superior Tribunal de Justiça (STJ), ministro João Otávio de Noronha, determinou nesta quinta-feira (31) a soltura do ex-governador do Paraná Beto Richa (PSDB-PR).
Preso desde 25 de janeiro pela Lava Jato, que investiga um esquema de corrupção entre políticos do Estado e empresas concessionárias de rodovias, Richa havia sido transferido na manhã desta quinta para o Complexo Médico Penal (CMP) em Pinhais, na região metropolitana de Curitiba, onde está presa a maior parte dos condenados da Operação Lava Jato.
Na mesma decisão em que sotou Richa, o ministro Noronha concedeu salvo-conduto em favor do tucano e do irmão dele, José Richa Filho, para que eles não sejam presos da Operação Integração II, o braço da Lava Jato que investiga as rodovias paranaenses, exceto se houver razão fundamentada para isso. A prisão havia sido autorizada porque a Justiça Federal do Paraná acatou os argumentos da força-tarefa da Lava Jato de que Richa, em liberdade, poderia interferir no depoimento de uma testemunha.
Esta é a segunda vez que o ex-governador foi preso. A primeira havia sido no dia 11 de setembro, durante a campanha eleitoral em que o tucano, após sair do governo do Paraná, tentava uma vaga no Senado. Richa foi solto quatro dias depois por ordem do ministro Gilmar Mendes, do STF (Supremo Tribunal Federal), mas não se elegeu em outubro. O tucano ficou em oitavo lugar na disputa para o Senado, com menos de 5% dos votos válidos.