O vigilante Claudinei Coco Esquarcini, um dos diretores da Associação Recreativa Esportiva Segurança Física de Itaipu (Aresf), em Foz do Iguaçu, onde o tesoureiro petista Marcelo Arruda foi assassinado durante sua festa de aniversário, foi encontrado morto. O corpo dele foi achado no município de Medianeira, no Paraná, na noite do último domingo (17).
Claudinei, de 44 anos, seria “responsável pelo fornecimento de senhas” para acesso a imagens da câmera de segurança. A informação foi antecipada pelo portal Metrópoles e confirmada pelo Congresso em Foco.
Em nota, a Polícia Cívil afirma que ele se suicidou: “Imagem de câmera de segurança mostra que ele [Claudinei] estava sozinho quando se jogou de cima de um viaduto. Foi socorrido com vida, mas não resistiu e entrou em óbito”.
Claudinei Coco Esquarcinidas era o vigilante que guardava os acessos às câmeras de segurança na Aresf. Na noite de 10 de julho, em Foz do Iguaçu, o policial penal federal Jorge José Guaranho, que matou Marcelo Arruda a tiros, teve acesso as imagens do aniversário da vítima, antes de ir ao local e matá-lo.
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Guaranho estava em um churrasco em outro clube quando assistiu às cenas da festa de Arruda, que comemorava sua festa de 50 anos com temas vinculados ao PT e à candidatura Lula, com cantos e vivas ao ex-presidente.
Em depoimento, um outro vigilante da Aresf, identificado como José Augusto Fabri, afirmou que a permissão para ver as câmeras não era um procedimento comum e disse que Claudinei foi o responsável por permitir que Jorge acessasse as imagens.
O evento reunia cerca de 40 pessoas, e, após a celebração, a festa foi invadida pelo agente penitenciário aos gritos “Bolsonaro” e “mito”. Segundo relatos, houve uma discussão entre o aniversariante e Jorge, que sacou uma arma e ameaçou os convidados.
Marcelo Arruda levou três tiros, e Jorge Guaranho também foi atingido. Ambos foram socorridos, mas Arruda não resistiu e morreu na madrugada de domingo, (10). O policial penal foi indiciado por homicídio duplamente qualificado.