O Partido dos Trabalhadores marchou, nesta terça-feira (20), rumo ao Ministério da Justiça contra o que chama de prisão arbitrária do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, condenado por corrupção e lavagem de dinheiro pelo ex-juiz federal Sergio Moro no âmbito da Operação Lava Jato. Maior estrela do PT, Lula está preso desde 7 de abril de 2018 (500 dias).
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Reunindo deputados e senadores da oposição ao presidente Jair Bolsonaro, a manifestação partiu da Câmara em direção ao prédio do Ministério da Justiça, comandando justamente pelo algoz do ex-presidente, Sergio Moro. “Queremos que o ex-presidente Lula tenha um julgamento justo, algo que ele não teve até hoje”, afirmou o líder do PT, deputado Paulo Pimenta (RS).
“Os últimos acontecimentos no país reforçam a nossa convicção de que o ex-presidente Lula é um sequestrado político, vítima de uma trama que capturou estruturas do Estado brasileiro para viabilizar um projeto de poder”, completou.
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A presidente nacional do PT, deputada Gleisi Hoffmann (PR), cobrou uma resposta do Judiciário aos direitos de Lula. “Queremos uma resposta do Supremo Tribunal Federal contundente à defesa do Estado democrático de direito”, disse Gleisi.
Gleisi pede o julgamento de habeas corpus impetrados pela defesa de Lula no STF. Na peça, os advogados alegam a suspeição de Sergio Moro, que supostamente agiu em conluio com o Ministério Público Federal para condenar o ex-presidente.
PublicidadeEm todo o país, a Frente Brasil Popular do Paraná convocou suas organizações (partidos, movimentos populares e sindicais) e a sociedade para ato pela liberdade do ex-presidente. O grupo se concentra desde as 17h na vigília Lula Livre, localizada no bairro Santa Cândida, em Curitiba, em frente ao prédio da Polícia Federal.
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