O Ministério Público junto ao Tribunal de Contas da União (TCU) pediu acesso aos documentos da saída do ex-juiz Sergio Moro da Alvarez & Marsal, empresa de consultoria internacional para qual Moro prestou serviços após deixar o governo Bolsonaro.
O pedido enviado ao ministro Bruno Dantas, assinado pelo procurador Lucas Furtado, solicita a data do encerramento do contrato e informações relativas aos valores envolvidos na saída do ex-juiz da empresa. A informação foi antecipada pela coluna de Mônica Bergamo, na Folha de S. Paulo.
A Alvarez & Marsal é a administradora judicial do processo de recuperação do Grupo Odebrecht, condenada em vários processos da força-tarefa Lava Jato. Sergio Moro ingressou na empresa em novembro de 2020. O TCU investiga possível conflito de interesse na contratação.
Ao pedir explicações à empresa sobre a incorporação do ex-juiz a seus quadros, Dantas afirmou, no começo do ano, que atos de Moro como juiz “naturalmente” contribuíram para a quebra da Odebrecht, hoje em recuperação judicial.
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Bruno Dantas afirmou, no início deste ano, que as decisões de Moro enquanto juiz “naturalmente” contribuíram para a falência da Odebrecht. Por esse motivo, o ministro considera que a contratação do ex-juiz, por essa razão, era “no mínimo peculiar e constrangedora”, e questionou se ele não estaria recebendo por “informações privilegiadas” sobre processos contra a empresa.
Sergio Moro encerrou seu contrato com a Alvarez & Marsal para filiar-se ao Podemos e pleitear uma possível vaga na corrida eleitoral para a presidência nas eleições do próximo ano como um dos candidatos da terceira via.
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