O tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, ficou em silêncio ao depor para a Polícia Federal (PF) nesta quinta-feira (18) a respeito do caso de possível falsificação dos registros de vacinação do ex-presidente.
Cid está preso há uma semana. As investigações indicam participação ativa do militar no caso. Antes de propor a mudança clandestina a Bolsonaro, Cid teria falsificado os dados de sua esposa, Gabriela Cid, fazendo constar nos sistemas do Ministério da Saúde que ela recebeu duas doses da vacina Pfizer contra a covid-19.
No caso de Bolsonaro, os dados vacinais apresentam as mesmas falhas dos cartões de Mauro e Gabriela Cid: as duas doses foram aplicadas em Duque de Caxias, no endereço IP de João Carlos Brecha, com apenas um minuto de diferença entre o momento de aplicação da primeira e da segunda dose do imunizante cuja a bula exige um intervalo mínimo de uma semana.
O próprio Bolsonaro depôs à PF na terça-feira (17). Segundo o seu advogado, Fábio Wajngarten, o ex-presidente respondeu todas as perguntas e negou ter sabido de qualquer esquema de falsificação do próprio registro de vacinação.
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