Começa nesta quinta-feira (2) o Tribunal do Júri do bolsonarista Jorge Guaranho, acusado de assassinar o guarda municipal e tesoureiro do Partido dos Trabalhadores (PT) Marcelo Arruda. O julgamento se dará no Tribunal do Júri de Foz de Iguaçu, no Paraná, mesmo local do crime cometido em julho de 2022.
Arruda comemorava sua festa de 50 anos com temas vinculados ao PT e à candidatura Lula, com cantos e vivas ao ex-presidente. O evento reuniu cerca de 40 pessoas, e, após a celebração, a festa foi invadida pelo agente penitenciário Jorge Guaranho aos gritos “Bolsonaro” e “mito”. Segundo relatos, houve uma discussão entre o aniversariante e Jorge, que sacou uma arma e ameaçou os convidados.
Depois disso, Guaranho deixou o local, prometendo retornar, segundo relatos. Ainda conforme pessoas presentes na festa, o aniversariante conversou com amigos e demonstrou receio pelo retorno do agressor. Então resolveu buscar a sua arma para a própria defesa. Minutos depois, o agente penitenciário chegou atirando no guarda municipal, que reagiu.
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Marcelo Arruda levou três tiros, e Jorge Guaranho também foi atingido. Ambos foram socorridos, mas Arruda não resistiu e morreu. Guaranho está preso desde 2022.
Guaranho, apoiador declarado do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), foi denunciado pelo Ministério Público do Paraná por homicídio duplamente qualificado por motivo fútil e perigo comum, com pena que pode variar de 12 a 30 anos de prisão. Agora, o bolsonarista será julgado pelo Tribunal do Júri.
No Brasil, o julgamento por meio de sete cidadãos comuns se dá seguindo regras definidas pela Constituição. O promotor do caso, representante do Ministério Público, e o advogado de defesa irão expor suas versões do caso para o júri. Os jurados irão receber uma cópia do processo e acompanharão o depoimento de testemunhas e de Guaranho. No fim, os jurados votam em segredo sobre o caso.
PublicidadeDiferente de outros países, a decisão do Tribunal do Júri no Brasil não precisa ser unânime, mas por maioria. Ou seja, se quatro jurados considerarem Guaranho culpado, ele será condenado. Não há prazo para o fim do julgamento.