O ministro da Educação esteve presente na Câmara após convocação para esclarecer as afirmações que fez recentemente de que nas universidades públicas têm plantações de maconha. Abraham Weintraub fez inúmeros ataques à esquerda, ao PT e ao comunismo. Em um longo dia de debates com deputados da oposição, o ministro se emocionou ao falar da mãe e gritou ao se referir a uma deputada do PCdoB. Abraham afirmou que está no Ministério da Educação para defender a classe média.
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A deputada Alice Portugal (PCdoB-BA) disse que o ministro está em briga judicial com a mãe pela pensão do pai. O ministro então pediu a palavra e disse que seu pai está vivo, sendo assim não há pensão e que sua mãe já faleceu. Ao falar da morte da mãe, Weintraub parou, respirou fundo, e aparentou forte emoção. “A senhora me colocou de joelhos, parabéns”, disse.
Alice se defendeu afirmando que apenas repercutiu uma matéria que leu “na imprensa”. Uma sequência de confusões tomou conta da comissão neste momento. Deputados como Filipe Barros (PSL-PR) discutiram com a comunista.
Veja o vídeo.
O deputado do Novo, Tiago Mitraud (MG), relembrou que não faz parte da oposição e falou que o ministro não foi convocado por falar das drogas apenas, mas sim porque Weintraub não para de gerar polêmicas. “Em nada justifica ministro a sua predileção por polêmicas”, disse Mitraud.
O parlamentar relembrou a polêmica publicação do ministro no Twitter em que ele chama a mãe de uma internauta de “égua sarnenta e desdentada”. “Se o senhor quer respeito à memória da sua mãe e de sua família, então o senhor também deveria respeitar a mãe alheia”, disse Mitraud.
“O senhor envergonha as famílias brasileiras. O senhor está em desserviço”, disparou o deputado do partido Novo.
Em resposta, Abraham Weintraub disse que defende os valores do grupo que está no poder. “Eu me posiciono, defendo os valores que trouxeram esse governo ao poder. O dia que o seu grupo chegar ao poder são outros valores que vão estar lá”, respondeu.
O ministro afirmou que não defende o mesmo grupo político e econômico que Tiago Mitraud. Abraham declarou que está no governo para defender os interesses da classe média. “Nós dois não defendemos o mesmo grupo. Eu defendo a classe média. Eu estou aqui lutando para que o Brasil seja um país de classe média. Eu quero que todo mundo tenha as mesmas oportunidades”, disse o ministro.