O Distrito Federal (DF) pode vir a ser uma pedra no sapato do acordo costurado por Geraldo Alckmin para selar a união entre PSD e PSDB nas eleições deste ano. Na contramão da negociação, o pré-candidato ao governo do Distrito Federal Izalci Lucas (PSDB) reafirmou, nesta sexta-feira (13), a decisão de concorrer ao Palácio do Buriti.
Izalci, que exerce mandato como deputado federal pelo DF, disse que se reuniu nos últimos dias com Alckmin e o deputado Rogério Rosso, com sua pré-candidatura indefinida até o inicio desta semana. Nenhum dos dois teria lhe falado sobre o acordo. Para ele, a especulação sobre a aliança seria usada por oposicionistas para “trazer insegurança” à disputa.
Em entrevista ao Congresso em Foco, o deputado afirmou que permanece como pré-candidato ao governo do Distrito Federal independentemente das costuras. “Tudo isso faz parte dessa política suja, baixa, que tenta impedir que as pessoas que possam fazer um bom trabalho concorram”, disse.
De acordo com o jornal O Estado de S. Paulo, para estabelecer a aliança com o PSD, o PSDB abriu mão de lançar candidatos ao governo para apoiar nomes da outra legenda. Neste cenário, Izalci teria que abdicar da disputa no DF em favor do também deputado Rogério Rosso.
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À reportagem, uma fonte a par das negociações ao governo do DF afirmou que o PSD já estava em vias de concretizar acordo para apoiar Ciro Gomes, pré-candidato do PDT à Presidência da República. Com isso, o PSD daria mais tempo de TV ao cearense e deixaria livre as negociações entre as coligações para os governos estaduais, o que deve acontecer em Pernambuco, Espírito Santo, São Paulo e Distrito Federal. Mas o PSDB insistiu para conquistar o apoio do PSD e pode levar a melhor sobre o partido de Ciro.
PublicidadeO desgaste interno entre os tucanos, somado à baixa aprovação de Izalci e às tentativas de firmar a parceria com o PSD são os pontos para a articulação em torno de Rogério Rosso. Ao mesmo tempo, esse cenário fortalece o deputado do PSD para futuras negociações e reduz os riscos apresentados por outros candidatos federais competitivos.
Caso insista na candidatura, Izalci deve apostar em um nome do PRB como vice para compor a chapa. “A coligação que a gente vem trabalhando é o PRB, são eles que vão indicar o vice. Mas tem muita conversa, articulação e outros partidos podem se aproximar”, afirmou.
Os partidos políticos vão dar início às convenções no próximo dia 20 e têm até 5 de agosto para escolher oficialmente candidatos a presidente e vice-presidente da República, governador e vice-governador, senador e respectivos suplentes, deputado federal, deputado estadual ou distrital.
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*Estagiária sob a supervisão de Amanda Audi.