O Tribunal de Contas da União (TCU) suspendeu por 45 dias o auditor Alexandre Figueiredo Costa Silva Marques pela produção do relatório falso sobre uma suposta supernotificação de mortes por covid-19 no Brasil em 2020.
No documento, Alexandre apresentava uma pesquisa não oficial que contestava o número de mortes por covid-19 no ano passado e sem embasamento, sugeria que o número poderia ser 50% menor que o informado oficialmente.
Em junho, o relatório foi citado pelo presidente Jair Bolsonaro para colocar em dúvida o número de óbitos. Bolsonaro disse haver “indícios fortíssimos” da irregularidade, citando como fonte “mensagens que circulam no WhatsApp”. As falas do presidente foram desmentidas pelo órgão no mesmo.
O auditor não terá direito a salário até o final dos 45 dias. A decisão foi tomada pela comissão do TCU montada para estudar uma punição a ele.
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O presidente da comissão, Marcio André Santos de Albuquerque, escreveu que Alexandre “deixou de desempenhar suas tarefas com atitude de independência e imparcialidade e deixou de exercer com zelo e dedicação as atribuições do cargo, bem como de ser leal à instituição a que serve e de observar as normas legais e regulamentares e, ainda, de guardar sigilo sobre assunto da repartição”.
Alexandre é conhecido de Bolsonaro e estudou com o presidente na Academia Militar das Agulhas Negras. Também foi indicado a um cargo na Petrobras por indicação de Bolsonaro.
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