O ministro Benjamin Zymler, do Tribunal de Contas da União (TCU), pediu explicações do Ministério da Saúde sobre o aumento no valor da dose do imunizante indiano Covaxin. O tribunal questiona as razões pela qual o valor final da vacina ficou em U$ 15,00, quando a proposta inicial tratava de U$ 10,00. O governo terá 10 dias para se pronunciar.
Em fevereiro de 2021, o Brasil assinou a compra de 20 milhões de dose da Covaxin por R$ 1.614 bilhões. O valor pago na unidade da vacina é o mais caro dentre os seis imunizantes negociados pelo governo brasileiro até agora.
No último dia 29, foi anunciado pelo ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, a suspensão do contrato de compra, após recomendação da Controladoria-Geral da União (CGU), que investiga suspeitas de irregularidades.
O documento assinado pelo ministro Zymler também cobra uma série de documentos da pasta. Entre eles a cópia de todas as atas de reuniões que trataram da compra do imunizante, comparativo de preços e razões pelo aumento do valor acordado nas primeiras tratativas.
Também é solicitado à CPI da Covid, o encaminhamento, no prazo de 30 dias, dos documentos sobre a contratação da vacina indiana. Além de dados referentes à quebra de sigilos da Precisa Medicamentos e dos servidores do ministério que participaram das negociações.
Um documento entregue à CPI mostra que na primeira reunião do governo com representantes da Bharat Biotech, fabricante da vacina indiana Covaxin, o valor da dose era de US$ 10. O contrato, porém, foi fechado por US$ 15 a dose, o mais alto preço entre os seis imunizantes negociados pelo Brasil até o momento.
PublicidadeEste documento, intitulado Memória do Encontro, foi obtido através de um requerimento de informação apresentado pela deputada federal Adriana Ventura (Novo-SP).
> Com Bolsonaro investigado, CPI mira negociações de vacinas
Se você chegou até aqui, uma pergunta: qual o único veículo brasileiro voltado exclusivamente para cobertura do Parlamento? Isso mesmo, é o Congresso em Foco. Estamos há 17 anos em Brasília de olho no centro do poder. Nosso jornalismo é único, comprometido e independente. Porque o Congresso em Foco é sempre o primeiro a saber. Precisamos muito do seu apoio para continuarmos firmes nessa missão, entregando a você e a todos um jornalismo de qualidade, comprometido com a sociedade e gratuito. Mantenha o Congresso em Foco na frente.
JUNTE-SE A NÓS