Usando máscara, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) transmitiu sua live semanal nesta quinta-feira (12) acompanhado do ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, e comentou sobre a possibilidade de ter contraído o coronavírus. Segundo ele, o resultado do teste a que se submeteu ainda não saiu e deve ser conhecido amanhã, sexta-feira (13).
“Se der positivo, o presidente vai ter que despachar daqui [do Palácio da Alvorada], a gente vai recomendar o isolamento domiciliar. Se não der positivo ou der outro vírus – que é mais comum, que é o influenza –, a gente libera, vida que volta ao normal”, informou o ministro da Saúde.
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Manifestações do próximo domingo
Bolsonaro disse que a manifestação do dia 15 de março em defesa do governo é um movimento espontâneo que não foi convocado por ele. “Tem um aspecto que tem que levar em conta, tem. É mais um agrupamento de pessoas, então a população está um tanto quanto dividida”, disse. Segundo o presidente, uma das ideias é suspender ou adiar os atos. “Já foi dado um tremendo recado para o Parlamento”, afirmou ele se referindo à disputa envolvendo o Orçamento da União.
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O presidente disse reconhecer a legitimidade dos movimentos e considerou que é direito do povo se manifestar de forma ordeira, pacífica e democrática. “O que nós devemos fazer agora é evitar que haja uma explosão de pessoas infectadas, porque os hospitais não dariam vazão a atender tanta gente”, alertou. O chefe do Executivo disse que o sistema de saúde do país não suportaria um aumento tão grande no número de infectados.
Bolsonaro aproveitou para criticar uma das pautas dos movimentos, a de ataque às instituições. “Ninguém pode atacar o Parlamento, o Executivo ou o Judiciário. As instituições em si têm que ser preservadas”, frisou.
PublicidadeCrise econômica
Sobre a crise econômica agravada nesta semana, Bolsonaro reconheceu a queda da Bolsa e a desvalorização do real frente ao dólar e disse que problemas dessa ordem estão acontecendo no mundo todo. “As medidas econômicas a equipe econômica tem tomado, mas não somos aquelas potências que têm recursos em abundância. Temos um orçamento bastante engessado, mais de 93% do nosso orçamento são despesas obrigatórias, nós podemos remanejar muito pouco”, completou.
Os recursos para ações de enfrentamento ao coronavírus serão liberados amanhã, informou o presidente adiantando que irá editar na sexta uma medida provisória para garantir R$ 5 bilhões para o Ministério da Saúde.
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Preços dos combustíveis
Bolsonaro também comentou sobre a queda no preço dos combustíveis, que caiu em média 30% nos últimos dias devido à questões externas. Ele lembrou que a Petrobras tem política atrelada aos preços internacionais do petróleo. “Se cai lá fora, essa é a política da Petrobras, cai aqui dentro também”.
Segundo ele, lançaram fake News de que o governo estaria interessado em aumentar a Cide para que o preço não caísse. “Que se cumpra a política da Petrobras. Eu não interfiro na Petrobras. Agora quando alguém quer interfere por fora aí eu interfiro para que não haja essa interferência”, disse.
“A gente espera que na ponta da linha o preço do combustível caia”, disse, voltando a pedir que população cobre redução dos governadores.
Indicação ao STF
Ao comentar sobre as indicações que deverá fazer para o cargo de ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), no final de 2020 e em 2021, Bolsonaro disse que quer colocar alguém que atenda os interesses da nação brasileira e que esteja afinado com ele. O presidente aproveitou para elogiar o trabalho do Procurador Geral da República, Augusto Aras.
“Ele tem que ser independente, mas estar de acordo com os interesses da maioria da população brasileira. Vai ter que confiar em mim, se não eu não confio nele”, afirmou.
O presidente gravou um pronunciamento que será exibido às 20h30 desta quinta-feira em rede nacional.
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Assista aos vídeos da transmissão:
PARTE 1
PARTE 2