Após informações não confirmadas de que o ministro da Justiça e Segurança Pública, André Mendonça, desistiu de prestar esclarecimentos ao Senado na terça-feira (4) sobre um dossiê da pasta sobre servidores públicos antifascistas, senadores começaram a defender a convocação do ministro.
> Entidades repudiam dossiê de Ministério sobre servidores antifascistas
Ao Congresso em Foco, a assessoria do senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) afirmou que ele, ao lado do senador Jaques Wagner (PT-BA), assinaram um requerimento de convocação do ministro, entregue à Comissão Mista de Controle das Atividades de Inteligência (CCAI).
O que o Ministro tem a esconder? Ladra como um leão p/ espionar opositores, mas foge como um gatinho quando é chamado p/ se explicar. Não pense que ficará impune. Não vamos deixar que a Constituição sirva de enfeite p/ esse governo de insanos! https://t.co/Jhuoyix9yy
— Randolfe Rodrigues 🇧🇷 (@randolfeap) August 3, 2020
A equipe de comunicação do Ministério da Justiça, porém, afirmou para a reportagem que houve um equívoco e que o ministro não cancelou sua ida ao Senado. Segundo a assessoria, desde sexta-feira (30) Mendonça tem estado em contato com o senador Nelsinho Trad (PSD-MS) para agendar a ida ao Congresso e que não chegou a ser confirmado que o encontro seria no dia 4. “Não tem como cancelar algo que não foi marcado”, afirmou a assessoria.
O ministro se colocou à disposição para receber os senadores no próprio Ministério da Justiça, ou para ir até o colegiado após o devido agendamento.
Fiscalização e controle
Os senadores Randolfe e Jaques Wagner, assinaram ainda um requerimento para fiscalizar os trabalhos de investigação contra o grupo antifascista.
“É ainda mais chocante o fato de existir uma investigação sigilosa e ilegal contra pessoas que se dizem contrárias ao fascismo, quando o natural e instintivo de qualquer cidadão – e especialmente daqueles que ocupam cargos na estrutura governamental – deveria ser de alinhamento ao combate ao fascismo, em permanente defesa da democracia e do Estado de Direito”, diz o documento.