O Senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) apresentou neste sábado (16) dois pedidos para que o Congresso Nacional investigue a crise de abastecimento de gás oxigênio no Amazonas – que ajudou a agravar o combate da pandemia de covid-19 no estado – o papel do presidente Jair Bolsonaro e seu gabinete na catástrofe.
O senador apresentou, um pedido para uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) no Senado Federal, além de uma Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI), contando também com a participação de deputados.
Veja a íntegra do pedido de abertura de CPI:
No pedido de CPI, Randolfe afirma que o governo federal tem, sistematicamente, violado os direitos fundamentais básicos dos brasileiros à saúde, sendo o caso do Amazonas o mais grave até o momento. “É preciso analisar com urgência a grave omissão do Governo Federal, que foi alertado de que faltaria oxigênio nos hospitais de Manaus quatro dias antes da crise, mas nada fez para prevenir o colapso do SUS”, escreveu o parlamentar em seu pedido. Ontem, a cidade quebrou o quarto recorde diário de sepultamentos em cinco dias.
Além da questão do desabastecimento de oxigênio no Amazonas, a comissão deve debater também a demora do governo federal, por meio do Ministério da Saúde, em vacinar a população brasileira.
“Com o recrudescimento da covid-19 em dezembro de 2020 e janeiro de 2021, as omissões e ações erráticas do governo federal não podem mais passar incólumes ao devido controle do poder Legislativo”, concluiu o senador, que mais cedo pediu o impeachment de Bolsonaro pelas redes sociais.
Veja a íntegra do pedido de abertura de CPMI:
O texto, após apresentado, vai para a fase de coleta de assinaturas. Para a instauração de uma CPI no Senado, são necessárias as assinaturas de um terço do Senado Federal, ou 27 representantes. Para uma CPMI, são necessárias também as assinaturas de um terço dos deputados, ou 171 congressistas.
> Maia quer convocar comissão do Congresso para tratar de Manaus e vacinação
> Lewandowski manda governo federal agir “imediatamente” para sanar colapso em Manaus