Com a saída de Roberto Castello Branco da presidência da Petrobras, chegam a cinco os conselheiros da estatal indicados pelo governo que renunciaram aos seus cargos. São eles: Omar Carneiro da Cunha, João Cox, Nivio Zivian e Paulo Cesar de Souza. Na noite desta quarta-feira (3), foi a vez de Leonardo Antonelli abdicar do cargo.
A recondução de todos havia sido proposta pelo governo em ofício do Ministério de Minas e Energia do último dia 19.
Em comunicado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), Omar Carneiro atribuiu sua decisão de renunciar ao cargo à substituição de Castello Branco pelo general Joaquim Silva e Luna, mudança criticada por ele.
“Em virtude dos recentes acontecimentos relacionados às alterações na alta administração da Petrobras, e os posicionamentos externados pelo representante maior do acionista controlador, não me sinto na posição de aceitar a recondução de meu nome como conselheiro. A mudança proposta pelo acionista majoritário, embora amparada nos preceitos societários, não se coaduna com as melhores práticas de gestão, nas quais procuro guiar minha trajetória empresarial.”
Leia também
João Cox Neto e Nivio Ziviani alegaram que não continuarão por razões pessoais. Paulo Cesar de Souza e Silva pediu para não ser reconduzido porque “seu mandato será, em breve, interrompido”.
“Eventuais substitutos indicados pelo acionista controlador serão submetidos ao processo de análise de gestão e integridade da companhia e objeto de análise pelo comitê de pessoas”, diz a estatal. Apenas dois militares indicados pelo Executivo seguem como conselheiros.
Publicidade>Dólar sobe para R$ 5,7 após aumento de imposto de bancos