Na noite desta sexta-feira (29), a Polícia Federal afirmou que pretende ouvir Jair Bolsonaro para esclarecer questões ligadas à denúncia do ex-ministro da Justiça, Sérgio Moro, que afirmou que o presidente tentou interferir na cúpula da PF.
A informação foi dada pela Globo News, que apontou que o chefe do Executivo tem a prerrogativa de depor por escrito. O relator do inquérito no STF, o ministro Celso de Mello pediu ao procurador-geral da República, Augusto Aras, que se manifeste sobre o assunto.
“Eu não vou esperar foder a minha família toda, de sacanagem, ou amigos meu, porque eu não posso trocar alguém da segurança na ponta da linha que pertence a estrutura nossa. Vai trocar! Se não puder trocar, troca o chefe dele! Não pode trocar o chefe dele? Troca o ministro! E ponto final! Não estamos aqui pra brincadeira”, disse o presidente na reunião do dia 22 de abril.
A delegada Christine Machado, da Polícia Federal, pediu nesta sexta-feira (29) ao Supremo Tribunal Federal (STF) mais 30 dias para concluir o inquérito que apura se o presidente Jair Bolsonaro interferiu na instituição.
Essa semana Bolsonaro incluiu, entre outros parlamentares e ministros, Augusto Aras no “Quadro Suplementar da Ordem do Mérito Naval”. As condecorações acontecem em um momento de acirramento dos ânimos entre o Governo Federal e o Supremo Tribunal Federal. Aras vem sofrendo com a rejeição de membros do Ministério Público, que o acusam de blindar Bolsonaro. Na última quarta-feira (27), o PGR pediu a suspensão do inquérito das fake news.
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