O futuro ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro, confirmou nesta segunda-feira (26) mais dois nomes da Polícia Federal (PF) no Paraná em cargos ligados à pasta. Os anúncios foram feitos pelo ex-juiz federal no CCBB (Centro Cultural do Banco do Brasil), onde trabalha o governo de transição.
Moro anunciou que o ex-superintendente da unidade Rosalvo Ferreira Franco chefiará a Secretaria de Operações Policiais Integradas, uma estrutura a ser criada no ministério. O atual delegado-chefe da PF em Foz do Iguaçu, Fabiano Bordignon, estará à frente do Depen (Departamento Penitenciário Nacional) em 2019.
Outros dois nomes da corporação foram confirmados na equipe de Moro na semana passada. A delegada Érika Marena, que atuou na força-tarefa da operação Lava Jato, comandará o Departamento de Recuperação de Ativo e Cooperação Internacional (DRCI), ligado à pasta da Justiça. O atual superintendente da PF no Paraná, Maurício Valeixo, será delegado-geral da PF.
Estrutura nova
Moro afirmou que a criação da secretaria de operações policiais integradas a ser comandada por Franco ainda depende de ajustes com outras áreas do governo. Segundo o ex-juiz federal, a medida visa coordenar o trabalho da PF com as demais forças policiais no combate a crimes que ultrapassam as divisas dos estados. “A ideia não é trazer as polícias estaduais para o comando do Ministério da Justiça, e sim uma atividade de coordenação”, explicou.
Para o futuro ministro, a atual Senasp (Secretaria Nacional de Segurança Pública) está sobrecarregada, porque cuida tanto da gestão e repasses de recursos quanto de questões operacionais da segurança. “As duas tarefas são imensas, e a ideia é deixar as operações policiais para outra secretaria”, disse.
Indicado para chefiar a secretaria, Rosalvo Ferreira Franco estava à frente da PF do Paraná no início da Lava Jato, em março de 2014. Ele se aposentou da corporação em dezembro do ano passado.
Presídios
O Depen ficará nas mãos de Fabiano Bordignon. Atual chefe da PF em Foz do Iguaçu, ele já foi diretor da Penitenciária Federal de Catanduvas (PR), onde Moro diz tê-lo conhecido quando foi juiz corregedor da unidade.
O futuro ministro afirmou que é preciso “construir mais presídios e em tempo mais curto” e reconheceu ter negado o desejo dos agentes penitenciários de ter um representante da classe no comando do Depen. Segundo o Moro, os agentes “terão um papel importante” na gestão prisional.