O ex-ministro da Saúde, general Eduardo Pazuello, recebeu nesta quinta-feira (6) a visita do ministro-chefe da Secretaria Geral da Presidência da República, Onyx Lorenzoni. A visita ocorre dois dias após o próprio general alegar que a suspeita de estar com coronavírus o impediria de comparecer à CPI da Covid, que deveria ouvi-lo nesta quarta-feira (5).
O jornal ‘O Estado de S. Paulo’ flagrou o ministro saindo do Hotel de Trânsito de Oficiais, localizado na sede do Exército em Brasília e onde o ex-ministro da Saúde estaria hospedado na capital federal.
A visita ocorreu enquanto o general da ativa se prepara para comparecer, na condição de depoente, na CPI da Covid. A primeira data para que Pazuello falasse perante os senadores acabou adiada porque, dias antes, assessores que estiveram em preparação com ele para a sessão testaram positivo para covid-19. Os membros da comissão consentiram em adiar o depoimento, que agora deve ocorrer em 19 de maio.
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A CPI chegou a debater a questão durante o depoimento do atual ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, na noite desta quinta-feira. “Querer, neste momento, questionar se ele recebeu ou não recebeu, com todo o respeito, não é papel da CPI”, declarou Marcos Rogério (DEM-RO), da base governista na comissão. “É uma perda de objetividade.”
“Isso viola a boa-fé objetiva”, rebateu Fabiano Contarato (Rede-ES). “A Comissão Parlamentar tem competência sim para determinar condução coercitiva, caso reste demonstrada a má-fe como ele está demonstrando”, disse.
O presidente da CPI, Omar Aziz (PSD-AM), buscou contemporizar a situação. “Eu quero saber qual foi o crime que o ex-ministro Pazuello cometeu hoje”, disse. “Ele recebeu a visita de alguém – qual é o problema? É por isso que as pessoas acham que a gente quer politizar isso. […] Se eu estou doente e uma pessoa vai me visitar, quem pode ficar doente é quem me visita. Quem vai se fazer mal é quem está o visitando”.
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