Oito partidos de oposição – PT, PSB, PDT, Psol, PCdoB, Rede, PV e Unidade Popular – assinaram nesta terça (3) documento conjunto contra a agenda do presidente Jair Bolsonaro (sem partido).
Em nota, o grupo diz que a situação política, econômica e social do país é cada dia mais grave e que o presidente afronta sistematicamente a Constituição e a democracia. No texto, alegam ainda que Bolsonaro atua para desestabilizar as instituições, ao apoiar manifestações contra o Congresso e o STF e ao incitar ações políticas e ilegais nas polícias militares.
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Na terça-feira (25) o presidente Jair Bolsonaro divulgou um vídeo convocando apoiadores para uma manifestação contra o Congresso Nacional, segundo apuração da jornalista Vera Magalhães, do Estado de S. Paulo.
Ainda no documento, os oito partidos políticos alegam que a economia continua estagnada e o governo acumula crises. Também argumentam que a vida da população piorou com os cortes nos programas de proteção social e cita as filas no Bolsa Família e na Previdência e o desemprego.
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Manifestações
Os partidos de oposição irão apoiar, incentivar e participar dos atos e manifestações convocados por movimentos sociais para os dias 8 (Dia Internacional da Mulher), 14 (2 anos do assassinato de Marielle e Anderson) e 18 de março (Em Defesa da Educação do Serviço Publico).
Além disso, o grupo vai definir pauta de atuação conjunta no Congresso Nacional e fortalecer o fórum permanente dos partidos de oposição para avaliar a conjuntura e definir ações e manifestações conjuntas.
Leia a íntegra da nota
“A situação política, econômica e social do país é cada dia mais grave. O presidente da República afronta sistematicamente a Constituição e a Democracia. Atua para desestabilizar as instituições, ao apoiar manifestações contra o Congresso e o STF e ao incitar ações políticas e ilegais nas polícias militares.
A economia continua estagnada. A política de austeridade voltada aos interesses do sistema financeiro drena recursos da sociedade. O real se desvaloriza, não há investimentos públicos nem privados, as projeções do PIB são minguantes.
A vida do povo piora com os cortes nos programas de proteção social. Milhões aguardam na fila do Bolsa Família e da Previdência. Não há resposta eficaz para o desemprego. O trabalho é cada vez mais informal e precário. A fome voltou a atormentar as famílias.
Diante deste acúmulo de crises, que compromete o desenvolvimento do país, sacrifica a vida do povo e ameaça a própria democracia, os partidos políticos que assinam esta nota decidem:
Resistir à agenda neoliberal, de destruição dos direitos do povo e do estado brasileiro;
Definir uma pauta de atuação conjunta no Congresso Nacional em defesa do país;
Apoiar, incentivar e participar dos atos e manifestações dos movimentos sociais, sindicais e populares convocados para os dias 8 (Dia Internacional da Mulher), 14 (2 anos do assassinato de Marielle e Anderson) e 18 de março (Em Defesa da Educação do Serviço Publico);
Fortalecer o fórum permanente dos partidos de oposição para avaliar a conjuntura e definir ações e manifestações conjuntas;
Construir atos nacionais unificados em defesa dos direitos do povo, da democracia e da soberania, com todas as forças democráticas;
Construir uma política unificada de comunicação, fortalecendo a presença nas redes sociais.
Brasília, 3 de março de 2020″
Partido dos Trabalhadores
Partido Socialista Brasileiro
Partido Democrático Trabalhista
Partido Socialismo e Liberdade
Partido Comunista do Brasil
Rede Sustentabilidade
Partido Verde
Unidade Popular
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