O presidente do Patriota, Adilson Barroso, disse nesta quarta-feira (9) que o presidente Jair Bolsonaro (PSL) não o procurou para mudar de partido, mas reafirmou que as portas da sigla estão abertas para o mandatário. “Ainda não conversei com ele. Se me ligarem e me convidarem, eu com certeza estarei presente para dizer que a porta esta aberta”, disse.
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O clima entre Bolsonaro e o PSL, que já vinha ruim nos últimos dias, piorou ontem (8), após o militar da reserva falar para um apoiador esquecer o partido e dizer que o presidente da sigla, deputado Luciano Bivar (PE), está “queimado”. Nesta quarta-feira (9), em entrevista ao G1, Bivar afirmou que o mandatário estava afastado do PSL.
O presidente do Patriota disse que está “aguardando” uma sinalização do militar da reserva, mas afirmou que não irá fazer nenhuma movimentação para trazê-lo. “Como eles sabem que o Patriota está de portas abertas, não é necessário ir atrás”, explicou.
Barroso classifica como “especulação” a afirmação que Bolsonaro estaria entrando em rota de choque com o presidente do PSL pela verba do fundo eleitoral. “Se Bolsonaro tivesse a visão que tinha que ter milhões, que tinha que ter tempo de televisão, ele não teria se tornado presidente da República”, comenta.
De acordo com ele, o Patriota é um partido “novo”, “limpo”, de “centro-direita” e “tem a cara” do Bolsonaro. Além disso, Barroso defende que a sigla tem a infraestrutura necessária para receber um presidente. “O Patriota tá muito maior que muitos partidos. Nós temos mais tempo de TV que o PPS, atual Cidadania”, disse.
Ele acredita que a mudança de partido não trará problema na base do governo e defende que, se não houvesse a janela partidária, o presidente traria para a nova sigla “no mínimo 70 deputados”.
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